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Governo brasileiro ‘deplora prisões, ameaças e perseguição’ a opositores de Maduro

 

Nota do Itamaraty destaca necessidade de garantir ‘direitos elementares de ir e vir’ pela vigência da democracia.

Ministério das Relações Exteriores publicou uma nota neste sábado (11) se manifestando contra “recentes episódios de prisões, de ameaças e de perseguição a opositores políticos” do governo Maduro. A pasta diz deplorar a conduta e também aconselha o diálogo e busca por entendimento entre as forças políticas venezuelanas. As informações são do R7, parceiro nacional do Portal Correio.

“O Brasil registra que, para a plena vigência de um regime democrático, é fundamental que se garantam a líderes da oposição os direitos elementares de ir e vir e de manifestar-se pacificamente com liberdade e com garantias à sua integridade física”, diz o comunicado do Itamaraty.

Apesar da manifestação contrária a Nicolás Maduro, o governo brasileiro afirma reconhecer gestos de distensão por parte do ditador, como a liberação de 1.500 detidos nos últimos meses e a reabertura do Escritório do Alto Comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas em Caracas.

Maduro tomou posse nesta sexta-feira (10) e assume o terceiro mandato como presidente do país. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi à cerimônia, e o Brasil foi representado pela embaixadora em Caracas, Gilvânia Maria de Oliveira.

Relação com Brasil

Maduro e Lula enfrentam um período de afastamento — o último encontro dos dois foi em março do ano passado, na 8ª Cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), em São Vicente e Granadinas. O estranhamento começou depois do pleito presidencial da Venezuela. O ditador diz ter derrotado González.

Maduro, no entanto, não apresentou as atas eleitorais, que contêm as informações sobre as urnas de cada seção de voto. Sem os dados, o Brasil não reconheceu nem refutou a suposta reeleição do ditador.

Pouco antes do pleito venezuelano, Lula criticou a fala de Maduro ao ameaçar um “banho de sangue” e pediu respeito à democracia. Na sequência, o venezuelano, sem citar o brasileiro, indagou como o resultado não seria respeitado, se iria vencer.

Em novembro do ano passado, em meio às tensões entre Brasil e Venezuela, a Polícia Nacional Bolivariana, comandada pelo regime de Maduro, publicou uma imagem com a silhueta de Lula, a bandeira do Brasil e a seguinte frase: “Quem mexe com a Venezuela se dá mal”. Apesar de não mencionar o petista diretamente, a publicação foi apagada.

Mesmo sem reconhecer nem refutar a vitória do ditador, Lula chegou a dizer, poucos dias depois do pleito venezuelano, que não há nada “grave” nem “anormal” no processo eleitoral venezuelano. O brasileiro cobrou publicamente, no entanto, a divulgação das atas eleitorais.

A vitória do ditador foi confirmada com a apuração dos votos e pelo Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela, sob críticas da oposição de falta de transparência. Partidos contrários a Maduro apontaram interferência em candidaturas e rejeitaram a vitória do presidente. Apesar das posições, Maduro seguirá no comando do país por mais seis anos. Ele está no cargo desde 2013.

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