“[Há o compromisso] com o PT, sim, de eles indicarem a vaga”, afirmou o presidente da Câmara. Duas vagas no TCU serão abertas até 2027, decorrentes de aposentadorias de ministros, o que tornou a escolha de novos membros parte das articulações políticas recentes na Casa. Lira ressaltou que o apoio do PT ao candidato Hugo Motta foi amparado pelo consenso entre o atual governo e o bloco majoritário, que inclui o PT e o PL, este último partido de Jair Bolsonaro.
Durante a entrevista, Arthur Lira destacou sua tentativa de unificar a Câmara para uma sucessão tranquila. “Procurei construir uma candidatura que unificasse”, comentou, mencionando que buscou tratar com cuidado as divergências internas e possíveis ressentimentos, especialmente entre aliados próximos, como o líder Elmar Nascimento (União Brasil-BA), que também era cotado para a presidência, mas acabou frustrado com o resultado das negociações.
Elmar, segundo Lira, chegou a expressar seu descontentamento, mas Lira assegura que manterá a lealdade e amizade com o colega. “Vou trabalhar para que isso seja superado”, prometeu, rechaçando as especulações de que Elmar possa atuar como “homem-bomba” nas discussões internas da Câmara.
Sobre as tratativas do PT para a vaga no TCU, Lira comentou que as conversas são legítimas e refletem interesses administrativos e de representatividade dos partidos. “Acho que é lícito”, comentou. Ele também lembrou o alinhamento do presidente Lula em permitir sua liderança no processo sucessório da Câmara, elogiando o respeito mútuo entre eles desde que iniciaram o relacionamento político.
Além disso, Lira tratou das negociações em torno das emendas parlamentares, que seguem travadas em meio a uma série de pautas administrativas, como financiamento para hospitais, universidades e obras públicas paralisadas. “Esperava ter votado nesta semana”, confessou Lira, mostrando preocupação com a paralisação.
Outro ponto relevante abordado por Lira foi a criação de uma comissão especial para analisar o projeto de lei da anistia, que vinha sendo usado “inapropriadamente” nas negociações para a Mesa Diretora da Câmara. Segundo Lira, a decisão visa dar uma solução definitiva à pauta em seu mandato, ouvindo todos os lados para um desfecho equilibrado.
Da Redação
Do Portal Umari
Com PB Agora