A pesquisa evidencia a intensificação da violência política durante o período eleitoral. De janeiro a 15 de agosto, foram registradas 145 ocorrências, crescendo para 518 casos ao longo de 2024, ano considerado o mais violento desde o início da série histórica.
O estudo detalha os tipos de violência sofrida por candidatos e políticos em exercício. No primeiro turno deste ano, ocorreram 10 assassinatos, 100 atentados, 138 ameaças, 54 agressões, 51 ofensas, 13 criminalizações e sete invasões, totalizando uma média de sete vítimas de violência política por dia. Um pico de violência foi registrado na semana das eleições, entre 1º e 6 de outubro, com 99 casos — o equivalente a uma ocorrência a cada 1h30.
A pesquisa também chama atenção para a violência racial e de gênero no contexto político. Das vítimas de homicídios, 80% eram pessoas negras, sendo a maior parte preta ou parda. Considerando todos os tipos de violência política, pessoas negras representaram 44% dos alvos. Mulheres, que constituem 33,96% da representatividade política este ano, foram vítimas de 35% das ocorrências, com ameaças (56 casos) como o tipo de agressão mais comum. Além disso, o levantamento documentou oito casos de vazamento de vídeos íntimos e montagens de nudez envolvendo candidatas, ilustrando a persistência de práticas de machismo e misoginia no cenário eleitoral.
Por região, o Sudeste liderou o número de casos, com São Paulo e Rio de Janeiro no topo da lista. No Nordeste, a Paraíba e a Bahia foram os estados mais afetados. A violência política se tornou um tema crítico em 2024, e a Paraíba permanece no centro dessas preocupações.
Confira os estados com mais ocorrências de violência política:
Da Redação
Do Portal Umari
Com Agência Brasil