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Quase 800 municípios descumpriram cota feminina nas eleições de 2024

 Pela regra, todos os partidos devem garantir mínimo de 30% e máximo de 70% de candidaturas de cada gênero.

A cota mínima de 30% de candidaturas femininas foi descumprida em 772 municípios, segundo levantamento do Observatório Nacional da Mulher na Política, vinculado à Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados. Esse número representa 13% das cidades do país. Pela regra, todos os partidos devem garantir um mínimo de candidaturas de cada gênero.

O estudo analisou o número de municípios em que todos os partidos respeitaram a cota de gênero. Segundo o levantamento, o estado com a menor participação de candidaturas femininas proporcionais foi o Rio de Janeiro, com 34,29%.

O Mato Grosso do Sul apresentou o maior percentual, com 36,48%. Nos demais estados, a participação feminina nas candidaturas para vereadora variou entre 34% e 36%.

O PCO, mesmo com candidaturas em apenas 22 municípios, foi o partido que mais descumpriu a cota de gênero em números proporcionais. Partidos menores, como Cidadania e Agir, também se destacaram de forma negativa.

Partidos grandes, como PSDB, PT e PL, também tiveram problemas em cumprir a cota. O PSDB descumpriu em 93 municípios, o PT, em 83, e o PL, em 58.

Por outro lado, PCB, PSTU e UP respeitaram a cota em todos os municípios onde lançaram candidatos.

Percentual de desrespeito à cota por partido nos municípios

  • PCO: 9,09% (descumpriu em 2 dos 22 municípios)
  • Cidadania: 6,49% (descumpriu em 48 dos 740 municípios)
  • Agir: 5,15% (descumpriu em 30 dos 583 municípios)
  • Mobiliza: 4,97% (descumpriu em 26 dos 523 municípios)
  • PSDB: 4,37% (descumpriu em 93 dos 2.129 municípios)
  • PMB: 4,32% (descumpriu em 14 dos 324 municípios)
  • Rede: 3,99% (descumpriu em 20 dos 501 municípios)
  • DC: 3,94% (descumpriu em 21 dos 533 municípios)
  • PRTB: 3,67% (descumpriu em 12 dos 327 municípios)
  • PV: 2,94% (descumpriu em 30 dos 1.021 municípios)
  • Novo: 2,67% (descumpriu em 15 dos 562 municípios)
  • Solidariedade: 2,62% (descumpriu em 33 dos 1.260 municípios)
  • PT: 2,41% (descumpriu em 83 dos 3.439 municípios)
  • Avante: 2,35% (descumpriu em 32 dos 1.362 municípios)
  • PC do B: 2,02% (descumpriu em 17 dos 841 municípios)
  • PDT: 1,95% (descumpriu em 39 dos 2.002 municípios)
  • Podemos (Pode): 1,90% (descumpriu em 38 dos 1.999 municípios)
  • PL: 1,89% (descumpriu em 58 dos 3.071 municípios)
  • PRD: 1,69% (descumpriu em 24 dos 1.422 municípios)
  • PP: 1,65% (descumpriu em 57 dos 3.464 municípios)
  • PSD: 1,64% (descumpriu em 55 dos 3.349 municípios)
  • PSOL: 1,54% (descumpriu em 8 dos 520 municípios)
  • MDB: 1,50% (descumpriu em 58 dos 3.872 municípios)
  • União Brasil: 1,46% (descumpriu em 46 dos 3.160 municípios)
  • Republicanos: 1,45% (descumpriu em 42 dos 2.891 municípios)
  • PSB: 1,35% (descumpriu em 31 dos 2.290 municípios)
  • PCB: 0% (cumpriu a cota em todos os 7 municípios)
  • PSTU: 0% (cumpriu a cota em todos os 32 municípios)
  • UP: 0% (cumpriu a cota em todos os 25 municípios)

Perfil dos eleitos

O perfil mais comum entre os 5.471 prefeitos eleitos no primeiro turno é de homens, brancos, casados e com ensino superior. Apenas 724 candidatas a prefeita foram eleitas (13,2%), embora as mulheres representem a maioria dos eleitores.

Esse número, no entanto, representa um pequeno avanço em comparação às últimas eleições municipais, quando 651 mulheres foram eleitas no primeiro turno (12%) entre os 5.401 prefeitos eleitos.

A faixa etária mais comum entre os eleitos é de 40 a 49 anos (33,3%), seguida por aqueles com idades entre 50 e 59 anos (27,6%).

A maioria dos novos prefeitos (59,3%) possui ensino superior completo, enquanto 25% têm ensino médio.

Em relação à raça, houve pouca mudança em comparação com as eleições municipais de 2020. Neste ano, cerca de 66% dos eleitos são brancos, enquanto 33,6% são pardos e pretos. Em 2020, 67% dos prefeitos eleitos eram brancos e 32% se declararam negros.

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