O júri popular iniciou na manhã dessa terça-feira (8), em Cuité, e acabou por volta de 23h. A acusada foi condenada pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. Ela foi absolvida dos crimes de feminicídio e corrupção de menores.
Na época do crime, Ana Beatriz tinha 18 anos e foi presa, enquanto o namorado, filho da vítima, era menor de 18 anos.
A defesa da acusada afirmou que Ana Beatriz é inocente e foi coagida pelo namorado a ajudá-lo. Também disse que ela não teve qualquer participação na ação criminosa, que teria sido realizada exclusivamente pelo filho da professora.
O Ministério Público da Paraíba pediu a condenação da acusada porque alega ter indícios e provas da participação de Ana Beatriz no crime.
O crime e a perversidade
A professora Honorina de Oliveira Costa, de 43 anos, foi executada com violência após um golpe de faca na região do abdômen e o assassino tentou ocultar o seu corpo, amarrando nela grandes pedras em cada um de seus membros e jogando o corpo no Açude do Cais, de acordo com a Polícia Civil.
O corpo da vítima foi encontrado em 5 de novembro de 2022, mas já estava desaparecido três dias antes. A hipótese levantada pela polícia era a de que o responsável pelo crime tenha tentado ocultar o cadáver jogando no açude, já que vestígios de sangue e outros indícios não foram encontrados nos arredores do local.
O filho da professora Honorina e a namorada dele confessaram ter cometido o crime. O menino disse à polícia que a motivação foi um ódio que ele nutria pela mãe. A informação foi confirmada em coletiva de imprensa realizada pela Polícia Civil no dia 25 de maio de 2023.
O filho da vítima, à época com 17 anos, e a namorada dele, de 18 anos, foram detidos em maio, quando a investigação constatou a participação dos dois na morte da professora. Anteriormente, o companheiro de Honorina, o policial militar Antônio Abrantes, havia sido preso suspeito de participação no crime, mas segundo a Polícia Civil, ele foi solto após o próprio filho da professora e sua namorada confessarem ter matado a vítima.
Ainda segundo a polícia, o filho disse que desde 2018 pensava em matar a mãe, e dois meses antes do crime chegou a falar sobre o assunto com a namorada, que se dispôs a ajudá-lo. Familiares afirmaram à polícia que a professora era uma boa mãe.
O adolescente também afirmou que preferiu apontar que o pai era suspeito de matar a mãe para ele mesmo não ser apreendido. A polícia confirmou que o adolescente é usuário de drogas.
De acordo com a Polícia Civil, após a prisão do companheiro de Honorina, as investigações seguiram e, a partir da quebra de sigilo do celular do filho dela, foi possível concluir que o adolescente percorreu o trajeto em direção ao local onde o corpo foi encontrado, no próprio veículo da mãe, como comprovado em imagens de circuito de câmeras.
O garoto afirmou inicialmente à polícia que na noite do crime a mãe dele teria saído de casa falando que iria encontrar o companheiro para acabar o relacionamento, informação que, segundo a polícia, motivou a prisão temporária do pai dele. Mas, ao longo da investigação, a polícia constatou que o adolescente mentiu em depoimento.
Da Redação
Do Portal Umari
Com Portal do Litoral