Marçal não recebeu bem a negativa, e fez uma longa réplica citando as doações que fez à campanha do ex-presidente em 2022 e os vídeos que gravou apoiando ele. “Isso mesmo presidente. Coloquei 100 mil na sua campanha, te ajudei com os influenciadores, te ajudei no digital, fiz você gravar mais de 800 vídeos. Por te ajudar, entrei para a lista de investigados da PF. Se não existe o nós, seja mais claro”, respondeu o candidato à prefeitura de São Paulo.
No longo texto, Marçal ainda diz que, “se não existe o nós”, Bolsonaro deve lhe devolver o valor doado na campanha. “Todos os nossos desentendimentos foram justamente porque fui candidato a presidente, e nós dois já resolvemos durante a eleição (…) E se quiser me excluir do nós, te peço humildemente que devolva os 100 mil que investi na sua campanha, porque a minha candidatura em São Paulo não tem dinheiro público. Agora, se o senhor não contribuir com a minha campanha, considere o nós como realidade”, acrescentou.
Segundo os dados da Justiça Eleitoral, em 2022 Marçal doou R$ 160 mil a Bolsonaro, um valor dividido em três transferências.
Rivalidade com “03”
O filho 03 do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também se envolveu na discussão e citou um vídeo gravado por Marçal em 2022, no qual o influenciador afirma que Bolsonaro e Lula (PT) eram iguais. “Estranho. Em 2022 você disse que a diferença entre Lula e Bolsonaro é que um deles tinha um dedo a menos. Só acordou agora? Tá parecendo até o (Hamilton) Mourão”, comentou o deputado.
“Eu era candidato à presidência e já resolvi isso com seu pai. Deixa que a conversa está entre executivos, se precisar do legislativo a gente te chama, irmão. Abraços”, rebateu Marçal no mesmo post, marcando o perfil do filho “03” de Bolsonaro.
Eduardo, então, foi ao X, antigo Twitter, onde a audiência do post é maior. Ele compartilhou o print da resposta do candidato a prefeito, acompanhado da legenda: “Se tivesse resolvido com meu pai não precisaria editar meu vídeos, retirando-os de contexto para enganar eleitores de Bolsonaro de que eu vou votar em você. Isso é estelionato eleitoral. E talvez pela sua inexperiência política não saiba que é o legislativo que fiscaliza o executivo.”
Da Redação
Do Portal Umari
Com O Globo