A reportagem da Folha teve acesso a mensagens trocadas via WhatsApp as quais apontam, segundo o jornal, o uso do setor de combate à desinformação do TSE, sob o comando de Moraes na época, para a investigação do gabinete dele no Supremo. O uso do órgão do TSE contra desinformações teria alimentado o inquérito no STF, conforme menciona a Folha.
A Folha aponta, ainda, que o principal juiz auxiliar de Moraes, Airton Vieira, pedia via WhatsApp a um funcionário do TSE relatórios específicos contra bolsonaristas e que os dados eram enviados do TSE para o inquérito no STF. Teriam sido, pelo menos, 20 casos investigados de forma extraoficial.
A reportagem do jornal diz que obteve todos os dados através de um celular que contém as mensagens e que não houve interceptação ilegal ou ação de hacker.
As investigações fora do rito comum teriam embasado decisões como bloqueio de redes sociais e apreensão de passaportes de bolsonaristas investigados.
A Folha cita como exemplos a produção de relatórios sobre o jornalista Rodrigo Constantino e Paulo Figueiredo, ex-apresentador da Jovem Pan e neto do ex-presidente João Batista Figueiredo, o último do período da ditadura militar. Os dois teriam feito críticas a ministros do STF e questionado a lisura das eleições. Suas publicações nas redes sociais teriam embasado os relatórios após pedidos informais do ministro Alexandre de Moraes, pois, segundo relata a reportagem do jornal, os pedidos foram feitos por mensagem no WhatsApp.
Procurados pela Folha, o ministro Alexandre de Moraes e os seus auxiliares não responderam aos questionamentos.
Da Redação
Do Portal Umari
Com Click PB