“Os chineses querem discutir conosco a rota da seda, nós vamos discutir a rota da seda, não vamos fechar os olhos não. O que tem para nós? O que eu tenho com isso? O que eu ganho? O Brasil precisa estar preparado porque depois do G20 eu tenho uma bilateral, aqui em Brasília, com a China. É uma reunião que vamos comemorar os 50 anos de relação diplomática, mas é uma reunião que a gente vai discutir uma parceria estratégica de longo prazo. Ou seja, queremos ser uma economia mais forte que já fomos e nós precisamos de buscar parceiros”, disse Lula.
“E não pense que quando eu falo da China, eu quero brigar com os Estados Unidos. Pelo contrário, eu quero os Estados Unidos do nosso lado tanto quanto a China. Eu quero saber é onde nós entramos, qual é o lugar que eu vou entrar, com quem eu vou dançar. Porque o Brasil precisa se respeitar, e aí vai se respeitar quando tiver projeto”, completou.
A rota da seda é uma iniciativa chinesa, lançada em 2013, que visa formar uma rede global de infraestrutura, com ferrovias, hidrovias e rodovias. Durante a visita de Lula a Pequim, no ano passado, o Brasil não anunciou o ingresso ao projeto, o que frustrou a expectativa da China.
De um lado, o governo brasileiro quer a inclusão de empresas chinesas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), por meio de concessões ou fornecimento de materiais, por exemplo. Do outro, a China corteja o Brasil para aderir ao projeto, mas o tema ainda divide opiniões.
Da Redação
Do Portal Umari
Com R7