Falas de Lula ocorrem em meio às críticas ao presidente que, nesta semana, foi acusado de relativizar agressões cometidas por torcedores do próprio time.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, neste sábado (20), que pretende iniciar uma “guerra” e focar em ações de combate à violência contra a mulher. As falas ocorrem em meio às críticas ao presidente que, nesta semana, foi acusado de relativizar agressões cometidas por torcedores do próprio time, o Corinthians. Com a fala, Lula tentou corrigir a rota após afirmações sobre o tema feitas há poucos dias.
”Tem aumentado muito a violência, a violência contra a mulher é muito grande. E nós vamos fazer uma guerra. Vamos fazer uma guerra”, disse Lula durante conferência do partido em São Bernardo do Campo. O presidente disse que aprendeu com a mãe que não é correto que um homem agrida uma mulher.
“Ao invés de levantar a mão para bater uma mulher, bate na sua própria cara.” Lula não disse de forma mais aprofundada como pretende enfrentar a violência contra as mulheres. Afirmou que a qualificação profissional é uma saída, para reduzir a dependência econômica que muitas mulheres têm de maridos abusivos.
Na última terça-feira (16), durante discurso feito em uma reunião com ministros e empresários do setor alimentício, o presidente citou um estudo sobre o maior número de casos de violência doméstica depois de jogos de futebol. “Se o cara é corintiano, tudo bem. Mas eu não fico nervoso quando perco, eu lamento profundamente”, disse o petista na ocasião.
No ano de 2023, ao menos oito mulheres foram vítimas de violência doméstica a cada 24 horas. Os dados referem-se a oito dos nove estados monitorados pela Rede de Observatórios da Segurança (Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo).
A informação consta do novo boletim Elas Vivem: Liberdade de Ser e Viver, divulgado em março deste ano. Ao todo, foram registradas 3.181 mulheres vítimas de violência, representando um aumento de 22,04% em relação a 2022, quando Pará e Amazonas ainda não faziam parte deste monitoramento.
Ameaças, agressões, torturas, ofensas, assédio, feminicídio. São inúmeras as violências sofridas que não começam ou se esgotam nas mortes registradas. Os dados monitorados apontaram 586 vítimas de feminicídios. Isso significa dizer que, a cada 15 horas, uma mulher morreu em razão do gênero, majoritariamente pelas mãos de parceiros ou ex-parceiros (72,7%), que usaram armas brancas (em 38,12% dos casos), ou por armas de fogo (23,75%).
Da Redação
Do Portal Umari
Com R7