Na acusação, que a reportagem do Portal MaisPB teve acesso, a promotora Artemise Leal argumentou à Justiça que Luiz Carlos assassinou Mayara Valéria, de forma cruel, em razão de não ter obtido uma resposta sobre a vaga de emprego que o acusado buscava, o que caracteriza “futilidade do delito”.
“Dessume-se que o recurso utilizado para assassinar Mayara impossibilitou a sua defesa, que foi atacada de inopino, enquanto conversava com o acusado, sendo surpreendida pelos disparos de arma de fogo efetuados pelo irrogado, bem como, pelo fato de que, mesmo caída ao solo, sem chance de esboçar qualquer reação defensiva, o indigitado continuou a atirar contra a ofendida”, escreve a promotora.
O que disse o juiz
Ao receber a peça acusatória apresentada pelo Ministério Público da Paraíba, o juiz Antônio Gonçalves Ribeiro Júnior afirmou que há provas suficientes para que a denúncia seja recebida, dando prosseguimento ao processo.
“Há um lastro mínimo de provas vinculando os acusados à prática delitiva, o que se faz pela análise dos elementos de informação coligidos na fase preliminar, indicando-se, em tese, a autoria e materialidade, devidamente demonstradas pelos elementos informativos constantes do inquérito policial, notadamente os depoimentos das testemunhas e a prova documental, bem como o Laudo de Constatação preliminar”, escreve o magistrado.
Na mesma decisão, Antônio Gonçalves manteve a prisão preventiva de Luiz Carlos. O juiz pontuou que se faz a necessária a restrição de liberdade para “garantir da ordem pública, para conveniência da instrução processual e da eventual aplicação da lei penal”.
A Polícia Civil acredita que a morte de Mayara Valério Barros, gerente de um restaurante do Shopping Mangabeira, em João Pessoa, foi um crime premeditado. O homicídio foi registrado no dia 12 de janeiro.
Em entrevista ao Portal MaisPB, o delegado André Macêdo explicou que o acusado, identificado como Luiz Carlos Rodrigues, de 47 anos, efetuou seis disparos, estava com 38 munições intactas e poderia ter cometido uma tragédia ainda maior.
“Colhemos algumas informações iniciais. Ele [o acusado] disse que tentou conseguir uma vaga de emprego, mas não foi muito bem atendido pela gerente. Tentou contato durante toda semana, mas não teve resposta, o que levou a planejar e executar essa tragédia”, explicou.
Da Redação
Do Portal Umari
Com Mais PB