Há diversas causas para surgir manchas na pele humana. As espinhas são uma dessas. E feridas também: sem o devido cuidado com a cicatrização e o uso de protetor solar, por exemplo, pode ser que a área fique marcada. Mas quando esses “sinais” aparecem nas articulações, sem dano aparente, o que pode ser?
O escurecimento pode ocorrer em qualquer tom de pele, desde as brancas até as pretas. Mas, não é comum que a pele das articulações seja mais escura do que a do resto do corpo, pois, na maioria dos casos, a cor da pele nessas regiões é semelhante à cor do resto do corpo. Com isso, as principais razões podem estar relacionadas a causas genéticas, lesões ou doenças.
“Muitas são as condições que podem levar ao escurecimento da pele na região das articulações, principalmente as de natureza genética, dermatite de contato, eczema. E, às vezes, se tem um processo inflamatório com um trauma que, após a cicatrização, há hipercromia (desordem de pigmentação com produção aumentada de melanina)”, elenca o médico dermatologista Jader Freire.
Professor doutor do curso de Medicina do Unipê, Jader cita mais fatores para o aparecimento de manchas nas articulações:
– Cicatriz recente e muito exposta ao sol, ocasionando a mancha local;
– Acantose nigricans, doença caracterizada por manchas aveludadas e escuras em dobras e vincos do corpo, podendo estar associada à obesidade;
– Doenças autoimunes, reumáticas, esclerodermias (caracterizadas por fibrose – endurecimento – da pele e dos órgãos internos), entre outras.
Então a principal dica é: se notar alguma alteração incomum na pele, buscar o mais precocemente possível um dermatologista. “Uma mancha escura numa articulação pode ser uma coisa extremamente simples, adquirida ou congênita, mas pode também ser um sinal de uma doença sistêmica que está representada na pele através de uma mancha hipercrômica, como um câncer sistêmico”, cita Jader.
Prevenção
Sim, há situações que são passíveis de evitar manchas escuras nas articulações. Alguns casos, por exemplo, estão associados ao trauma ou a fatores ambientais; noutros, com doenças adquiridas cujo tratamento precoce acompanhado de um dermatologista pode prevenir. Mas outras situações não há como evitar, como as genéticas.
Assim, algumas orientações essenciais a serem seguidas são:
– Tenha uma boa hidratação;
– Faça sempre uso de protetor solar adequado, reaplicando-o em períodos regulares;
– Evite as causas que provocam irritação ou traumatismos locais (esfoliações desnecessárias em algumas áreas do corpo podem inflamar ou tornar a pele mais fina, deixando-a mais suscetível a manchas quando exposta ao sol);
– Evite exposições excessivas e em horários danosos à pele (das 10h às 16h).
Mas, se já há uma hipercromia notada na pele, há diversas terapêuticas: o clareamento da pele com óleo mosqueta é uma opção interessante e segura, não sendo irritante; o uso de peelings, de laseres e de ácidos, como azelaico, niacinamida e glicólico. “Mas, vale frisar que tudo deve ser feito sempre com orientação de um dermatologista para que não ocorram complicações e agravamento dessas manchas”, adiciona Jader.
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Da Redação
Do Portal Umari
Com Portal Correio
