Dentre as várias doenças dermatológicas, a cutis laxa é uma condição que pode afetar a elasticidade da pele de uma criança. Trata-se de uma patologia do tecido conjuntivo, que pode ser adquirida ou hereditária, e uma de suas principais características é a pele enrugada redundante e flácida inelástica, associada a anomalias esqueléticas e do desenvolvimento. Em alguns casos, pode ter envolvimento sistêmico grave.
“A maioria dos casos de cútis laxa são hereditários, com prevalência à nascença estimada em cerca de um (1) para 1 milhão, e apenas cerca de 200 famílias foram descritas na literatura até o momento”, apresenta o médico dermatologista e Prof. Dr. Jader Freire Sobral Filho, do curso de Medicina do Unipê.
Portanto, em crianças a condição é rara, afetando a elasticidade da pele e, com isso, deixando-a flácida e enrugada. Assim, o aconselhamento genético para as famílias afetadas é essencial, diz Jader, precisando haver o diagnóstico correto.
“Em alguns casos, pode haver também problemas nos vasos sanguíneos, pulmões e outros órgãos. É importante que a criança seja acompanhada por um dermatologista e outros especialistas, dependendo do caso, para monitorar a saúde e tratamento da condição. A hidratação da pele também é importante para prevenir problemas relacionados à ressecamento”, complementa.
Cuidados diários
Devido a condição que a doença traz à pele dos indivíduos, cuidados básicos precisam ser redobrados. Com isso, o dermatologista apresenta algumas recomendações:
– Hidratação: mantenha a pele sempre hidratada, com o uso de loções e cremes específicos para a pele seca e sensível;
– Higienização: Evite o uso de sabonetes agressivos, que podem ressecar ainda mais a pele;
– Proteção solar: proteja a pele dos raios solares com o uso de protetor solar adequado;
– Evitar sujidades: é preciso evitar fumar e se expor a poluição, pois podem danificar ainda mais a pele.
Na rotina com a criança, algumas adaptações são necessárias para lidar com a condição. “Além de manter a pele hidratada e protegida, pode ser necessário evitar atividades que podem causar traumas à pele, como esportes de contato ou brincadeiras que envolvam arranhões. Também é importante manter uma alimentação saudável e equilibrada, para ajudar na saúde geral da criança”, aconselha Jader.
Tratamentos
Já quanto o tratamento, esse é geralmente sintomático, dependendo da causa da condição e dos sintomas apresentados. Nesse sentido, pode haver o uso de medicamentos, cirurgias, fisioterapia, dentre outras terapias. E somente dermatologistas e outros especialistas poderão avaliar o caso da criança e recomendar a terapêutica adequada.
Mas e quanto a cirurgia plástica: ela pode ser eficaz? O procedimento não é habitualmente indicado para as manifestações cutâneas em formas hereditárias, segundo Jader, mas pode haver casos em que há recomendação para realizar cirurgias como forma de tratamento para a cutis laxa em crianças.
“A decisão de realizar uma cirurgia deve ser tomada pelo dermatologista, cirurgião plástico e outros especialistas, levando em conta o quadro clínico da criança e os possíveis riscos e benefícios da intervenção cirúrgica”, pontua o especialista.
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Da Redação
Do Portal Umari
Com Portal Correio