Em seu discurso, Dilma disse que reconhece “o desafio de prover e garantir financiamento na escala adequada para atender as necessidades econômicas, sociais e ambientes dos nossos países”.
Ela ressaltou que o NDB fica comprometido com as prioridades que o governos apresentam para o banco.
“Assumir a presidência do NBD é, sem dúvida, uma grande oportunidade de fazer mais para os países do Brics, mas não somente para os seus membros, mas também para os países emergentes e em desenvolvimento”, declarou.
Dilma ainda anunciou que além dos cinco países BRICS, “nós temos mais três integrantes: Bangladesh, Emirados Árabes Unidos e Egito”.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve presente e discursou na cerimônia. Em seu discurso, o chefe do Executivo disse que a criação do NDB mostra que a união dos países emergentes tem grande potencial e é capaz de criar mudanças sociais e econômicas relevantes para o mundo.
“Pela primeira vez um banco de desenvolvimento de alcance global é estabelecido sem a participação de países desenvolvidos em sua fase inicial. Livre, portanto, das amarras e condicionalidades impostas pelas instituições tradicionais às economias emergentes. E mais, com a possibilidade de financiamento de projetos em moeda local”.
Em 25 de março, o nome de Dilma foi aprovado pelo conselho do banco após a indicação do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ela substituirá o diplomata e economista Marcos Troyjo, ex-integrante da equipe do ex-ministro da Economia Paulo Guedes.
A instituição financeira foi criada em 2014 pelos Brics – bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Na época, o tratado que constituiu o NDB foi assinado em Fortaleza, tendo a então presidente brasileira Dilma Roussef como anfitriã.
Uma das intenções era ampliar fontes de empréstimos e fazer um contraponto ao sistema financeiro e instituições multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI). Atualmente, o banco é responsável pelo financiamento de projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável dos países que fazem parte da instituição, contando com uma carteira de investimentos na ordem de US$ 33 bilhões.
Os financiamentos focam em projetos de infraestrutura e sustentabilidade. O Brasil ficou com US$ 621 milhões de 2015, quando começou a operar, até 2019. Desde então, a participação nos empréstimos saltou para US$ 5,4 bilhões.