O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros reunidos no Palácio do Planalto fizeram um minuto de silêncio, na última terça-feira (14), em homenagem à vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, assassinada há exatos cinco anos.
"Hoje, ao lado da companheira Anielle Franco, reforcei o compromisso já firmado pelo ministro Flávio Dino de somarmos todos os esforços para descobrirmos quem mandou matar Marielle Franco. #JustiçaPorMarielleEAnderson", escreveu Lula em uma rede social ao divulgar o vídeo da homenagem.
No começo da gravação, Lula diz que "a melhor forma de a gente presta uma homenagem à Marielle nesse dia é a gente fazer um minuto de silêncio".
Anielle Franco, irmã de Marielle, é a atual ministra de Igualdade Racial e estava presente na reunião. Ao fim da homenagem, com a voz embargada, Anielle agradeceu o empenho do governo na solução do caso.
"Muito obrigada. Eu acho que, enquanto a gente não conseguir responder quem mandou matar a minha irmã, a gente segue nessa democracia frágil e é muito importante, muito significativo para nós enquanto família, mas também enquanto governo, ter um governo que de fato se preocupa com o caso e tem, cada vez mais, mostrado estar ao lado para colaborar, para a gente descobrir quem mandou matar a minha irmã", disse.
No mês passado, o ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou em entrevista à GloboNews que há “muitos indícios” de que os executores do assassinato de Marielle e Anderson Gomes não “agiram sozinhos”.
Dino determinou em fevereiro a abertura de um inquérito na Polícia Federal para investigar as circunstâncias do crime.
Nesta terça-feira, Anielle afirmou que saber quem mandou matar Marielle "é um dever da democracia" e que, cinco anos após o assassinato da irmã, esta "é a primeira vez que o governo está realmente comprometido com justiça pelo caso".
Lula e os ministros das áreas social, econômica e de articulação política se reuniram no Planalto nesta terça para organizar as metas e os resultados do governo para os primeiros 100 dias de mandato, a serem completados no próximo dia 10 de abril.
Na fala inicial, transmitida pelos canais oficiais do governo, Lula pediu que as ideias de cada ministro só sejam anunciadas após passarem pelo crivo da Casa Civil, do Palácio do Planalto e dos demais ministérios.
Marielle: cinco anos sem respostas
Cinco anos depois dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, a Delegacia de Homicídios da Capital, o Ministério Público do Rio e, desde fevereiro, a Polícia Federal tentam desvendar o crime.
As investigações foram marcadas por trocas de delegados (foram cinco nomes até aqui) e promotores e poucos avanços. E, até hoje, ninguém esclareceu quem mandou matar Marielle e qual a motivação da execução — uma das principais linhas de investigação é que a motivação seja política.
Apenas a primeira fase do inquérito foi concluída pela Polícia Civil e o MP: a que prendeu e levou ao banco de réus o policial militar reformado Ronnie Lessa — acusado de ter feito os disparos — e o ex-PM Élcio de Queiroz — que estaria dirigindo o Cobalt prata que perseguiu as vítimas. Ambos negam participação no crime.
Da Redação
Do Portal Umari
Com Click PB