A defesa de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, informou que ele não vai comparecer à Câmara Legislativa do DF para prestar depoimento na comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investiga os atos extremistas de 8 de janeiro. A oitiva dele estava prevista para a próxima quinta-feira (9), às 10h.
Nesta terça-feira (7), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o depoimento de Torres e decidiu que ele teria o direito de ficar em silêncio, durante as perguntas, quando quisesse. Apesar disso, Moraes determinou que a decisão de ir ao depoimento caberia a Torres.
O ministro ordenou que, caso ele vá, o deslocamento do Batalhão da Polícia Militar no Guará (DF), onde Torres está preso desde 14 de janeiro, será feito com escolta, e só “se houver sua prévia concordância”.
De acordo com o advogado do ex-ministro, Rodrigo Roca, ele não vai prestar depoimento porque já deu sua versão sobre os atos do 8 de Janeiro à Polícia Federal, e não há necessidade de um novo interrogatório.
“Ele não vai deixar de ir porque ele está arguindo o direito dele ao silêncio. Não. Ele respeita a Câmara Legislativa, mas ele já falou sobre todos os pontos à Polícia Federal. O depoimento dele durou dez horas. Haveria um dispêndio de dinheiro público com essa movimentação e constrangimento desnecessário.”
A Procuradoria da Câmara Legislativa do DF informou que vai recorrer ao STF para evitar que Torres não compareça. A Casa entende que a presença do ex-ministro não afasta o direito dele de permanecer em silêncio para não se autoincriminar. Presidente da CPI, o deputado distrital Chico Vigilante (PT) destacou que o depoimento de Torres é “fundamental” para o andamento das investigações.
Da Redação
Do Portal Umari
Com R7