Segundo a presidente do banco público, a medida ocorre por dois motivos. O primeiro deles é porque o Ministério do Desenvolvimento Social fará uma revisão nos cadastros. “Não é de bom tom que a gente mantenha [o empréstimo do consignado], porque nós não sabemos quem ficará nesse cadastro ou não”, disse.
De acordo com Rita Serrano, o outro motivo ocorre em razão dos altos juros do consignado. “Nós também estamos suspendendo [o consignado] para reavaliar essa questão dos juros e ver as possibilidades que existem para tentar baixar esses juros, dentro, lógico, das regras de conformidade”, prosseguiu.
O consignado do Auxílio Brasil foi criado por meio de uma medida provisória, que recebeu o aval do Congresso Nacional e foi sancionada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL). Pelo texto, as famílias que recebiam o benefício poderiam autorizar que a União descontasse dos repasses mensais do programa os valores referentes aos empréstimos.
Em outubro do ano passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou, em um parecer técnico, que o empréstimo consignado do programa fosse suspenso devido a um possível uso do benefício para “interferir politicamente nas eleições presidenciais”.
Na época em que o consignado foi criado, os bancos demonstram preocupação com um possível aumento no endividamento das famílias, que já se encontravam em situação de vulnerabilidade.
Segundo dados do governo federal, até novembro do ano passado, foram feitos mais de 3,4 milhões de empréstimos, número que corresponde a cerca de 16,5% do total de beneficiários do Auxílio Brasil.
Da Redação
Do Portal Umari
Com Metrópoles
Créditos: Polêmica Paraíba
Com Foto: Fátima Meira