“A boca é uma das portas de entrada para diversas bactérias que ficam incrustadas nos dentes, nas próteses e mucosas, e essas bactérias podem chegar à corrente sanguínea e ir até o coração, caso o procedimento envolva sangramento”, explica a dentista do Hapvida Interodonto, Mirela Nobre.
Uma das doenças mais graves e mais comuns nessas situações é a endocardite infecciosa. O cardiologista do Hapvida NotreDame Intermédica, Josely Figueiredo, relata que a doença afeta o endocárdio – a camada de revestimento interno do coração – e precisa ser tratada por cerca de quatro semanas, inclusive com internamento e uso de antibióticos. “Ela pode ser evitada caso a pessoa faça o acompanhamento regular com um dentista”, pontuou o especialista.
A dentista reforça que a higiene diária não garante apenas dentes limpos e nem só combate o mau hálito, mas protege o organismo, impedindo que as bactérias avancem e causem uma série de transtornos. Ela também orienta que a consulta odontológica deve acontecer pelo menos duas vezes ao ano, para que sejam realizados os procedimentos de rotina. “A saúde bucal é porta de entrada e a partir dela podem vir outros problemas, inclusive, problemas sistêmicos”, conta.
Práticas como manter uma boa escovação diária e uso regular do fio dental preservam a saúde bucal. O cardiologista aponta que pessoas que já foram diagnosticadas com alguma patologia no coração devem fazer visitas mais frequentes ao dentista e reforçar a atenção na higiene habitual.
Da Redação
Do Portal Umari
Com Portal Correio