A pesquisa, entretanto, ainda apresenta um cenário incerto a quatro dias da eleição: 8% dos eleitores do estado ainda diz não saber em quem vai votar. Além deles, 7% dos entrevistados no estado dizem que irão votar em branco ou nulo.
O levantamento é relevante porque Minas Gerais é visto pelas campanhas e por especialistas como um estado-chave tanto pelo tamanho do seu eleitorado, o segundo maior do país, mas também por seu histórico de apontar o resultado nacional. No primeiro turno, Lula teve 48% dos votos válidos em Minas e Bolsonaro, 43%, exatamente o mesmo resultado da eleição nacional.
Em votos válidos, Lula teria, segundo a Genial/Quaest, 53% das intenções de voto, contra 47% de Bolsonaro. O instituto, contudo, também calcula um cenário que leva em conta a abstenção, chamado de “eleitores prováveis”. Entre esse grupo que tem mais chance de ir votar, Lula tem 52,2% das intenções de votos válidos e Bolsonaro, 47,8%.
Na pesquisa espontânea, 42% dizem que irão votar em Lula, enquanto 38% respondem Bolsonaro. Nesse cenário, quando os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor, 14% dos mineiros ainda não sabem em quem irão votar, mais um dado que reforça a possibilidade de mudanças de hoje até domingo.
Assim como na pesquisa nacional, a maioria dos mineiros acha que Lula será eleito presidente no domingo: 47% pensam dessa forma. Outros 32% acham que Bolsonaro será o vencedor, enquanto 21% não sabem.
Os mineiros, entretanto, têm uma visão mais positiva do governo do que o resto do país. Em Minas Gerais, a aprovação de Bolsonaro está numericamente acima da reprovação: 37% avaliam o mandato positivamente em relação a 34% que tem uma visão negativa da administração. Outros 27% a consideram regular.
Bolsonaro, entretanto, ainda carrega uma rejeição pessoal: 49% dos eleitores de Minas dizem que não votariam nele de jeito nenhum, enquanto 44% dizem que não votariam de forma alguma no candidato do PT. Além disso, a Quaest também captou uma insatisfação com a economia: para 35% dos eleitores do estado, a economia é o principal problema do país. Há um mês, eram 24% que pensavam dessa forma. Além deles, 22% enxergam nas questões sociais o principal problema (eram 10% no mês passado).