“A medida culmina em uma estratégia cada vez mais assertiva das autoridades eleitorais no Brasil para reprimir a desinformação que inundou a corrida presidencial do país nos últimos dias, incluindo alegações de que os candidatos são satanistas, canibais e pedófilos”, escreveu a publicação na edição desta sexta-feira (21).
Porém, o jornal aponta que a decisão unilateral da corte Eleitoral também abriu margem para a discussão sobre até onde iria o combate às “notícias falsas” em meio ao processo democrático das eleições. Pois, ao combater células de desinformação, o Judiciário estaria também em uma expansão potencialmente perigosa e autoritária, “que poderia ser abusada para censurar legítimos pontos de vista e balançar a disputa presidencial”.
O jornal coloca Moraes no centro da discussão, por ter ordenado investigações sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e prendido alguns de seus apoiadores por “ataques às instituições democráticas” brasileiras.
Caso Jovem Pan
Recentemente, a Jovem Pan foi punida pelo TSE em três decisões proferidas no plenário virtual em razão de declarações de comentarista da emissora consideradas pela Corte “distorcidas” e “ofensivas” a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Internamente, a emissora recomendou que sejam evitados termos como “ex-presidiário”, “descondenado”, “ladrão”, “corrupto” e “chefe de organização criminosa” para se referir ao PT e a Lula.
“Todas as pessoas são inocentes até que juiz competente e isento analise eventuais acusações, pondere provas e decida por sua culpa. Assim, como não há se falar, na espécie, em dúvida quanto à anulação das condenações contra o representante, há fato sabidamente inverídico a ser combatido e contra o qual cabe direito de resposta”, disse Alexandre de Moraes.
Da Redação
Do Portal Umarí