Circula nas redes sociais um áudio do ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, após receber o mandado de prisão; no áudio, o ex-deputado chama o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes de Cachorro e diz que o ministro é o pior caráter que tem dentro do Supremo.
Irritado, Roberto Jefferson o órgão chegou no limite da inconstitucionalidade e da agressão à ordem jurídica nacional. “Foi assim na Venezuela e estamos vendo repetido no Brasil. Os conservadores estão sendo presos por um tribunal corrupto, que é o Supremo. Uma organização criminoza para servir aos intereces dos comunistas, e para praticar abuso de autoriade e constrangimento ilegal as pessoas que militam a favor da vida”, disse.
O ex-deputado ainda acusou o órgão de ser um partido político comunista que tem condições de expedir um mandado de prisão em inquéritos que não tem no Ministério Público.
No fim do áudio, ele ainda ameaça o ministro que concedeu a autorização de sua prisão e disse que o assunto será resolvido pessoalmente.
“O buraco comigo é mais em baixo, eu sei que você é metido a valente, a nossa conta é pessoal, você está seguindo a mim e ao PTB, a vida vai nos colocar frente a frente para que pessoalmente a gente possa resolver o problema”, concluiu.
A prisão
Ao determinar a prisão de Roberto Jefferson, Alexandre de Moraes afirmou que o ex-deputado integra o “núcleo político” de uma possível organização criminosa que tem como objetivo “desestabilizar as instituições republicanas”.
Moraes escreveu ainda que Jefferson realizou ameaças ao STF e atentou contra a democracia. A Polícia Federal cumpriu a prisão do ex-deputado por volta das 9h desta sexta-feira, em sua residência no município de Levy Gasparian, no Rio de Janeiro.
Na decisão, Moraes ainda determinou o bloqueio das contas de Roberto Jefferson nas redes sociais, que eram usadas para os ataques.
Segundo o ministro, Jefferson “incitou, por mais de uma vez, a prática de crimes (invasão ao Senado Federal, agressão a agentes públicos e/ou políticos etc), ofendeu a dignidade e o decoro de ministros do STF, senadores integrantes da CPI da Covid-19 e outras autoridades públicas”.
A decisão aponta também que o ex-deputado atuou com o “nítido objetivo de tumultuar, dificultar, frustrar ou impedir o processo eleitoral, com ataques institucionais ao Tribunal Superior Eleitoral e ao seu ministro presidente”.