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Mulheres vão as ruas em João Pessoa, em greve internacional, por direitos e contra a violência

Mulheres unidas foram às ruas de João Pessoa, na manhã desta quarta-feira (08), como parte da greve internacional, clamando por direitos. Além do Brasil, outros 40 países, participam da ‘Parada de mulheres’
A professora de Serviço Social, Nívea Pereira, comentou que este ano o Dia Internacional da Mulher será lembrado de forma diferente, com uma greve internacional. “Cada país está adotando suas pautas locais e no Brasil temos temos além da greve geral, estamos denunciando a Reforma da Previdência que está em curso e vai ter impactos enormes para mulheres e também a violência contra a mulher, uma realidade que temos que combater cotidianamente”, disse.
De acordo com a professora, a importância dessas ações é tentar unificar todas as mulheres e ao mesmo tempo que lembra que quando uma mulher é vítima de violência essa ação não ocorre sobre uma mulher apenas, “mas ela atinge nossas vidas, um dos motes da campanha é ‘nenhuma a menos’, não admitimos nenhum tipo de opressão e violência”.
Na campanha nacional, convidamos todas as mulheres que parem suas atividades de trabalho e domésticas e possam se juntar às mulheres que lá estarão. “Vai ser lindo e forte ato de denúncia protesto e chamar mulheres para a luta cotidiana contra machismo”, disse.
O movimento na Paraíba acontece ainda nas cidades de Campina Grande, Cajazeiras e Patos e as mulheres voltam ao Ponto de Cem Reis à tarde, após fazerem uma caminhada pelas ruas do centro de João Pessoa.
O evento intitulado pretende chamar a atenção da sociedade para várias demandas políticas pautadas mundialmente pelas mulheres. O ato acontece desde as 7h da manhã no Ponto de Cem Reis e as 11h30, foi iniciado um ato político e cultural na Praça João Pessoa.
A “Parada de Mulheres” é parte de uma convocatória global para uma Greve Internacional de Mulheres, chamada por ativistas de todo o mundo, em especial pelas mulheres argentinas e pelas norte-americanas Nancy Fraser e Angela Davis. O movimento ganhou adesão de vários lugares do globo e grandes atos já estão confirmados em cerca de 40 países. Aqui no Brasil, mulheres de várias cidades têm se reunido em assembleias e se preparado para a Greve neste 8 de março.
A Greve Internacional de Mulheres tem como proposta central a ideia de convocar todas as mulheres do globo para paralisarem suas atividades onde estiverem, seja nos postos de trabalho, nas fábricas, ou mesmo em casa (interrompendo o trabalho doméstico).
O movimento se organiza em torno de importantes pautas políticas (contra os avanços neoliberais, contra as políticas antimigração e pela garantia de direitos sociais, como é o caso da luta contra a reforma da previdência aqui no Brasil) e pautas específicas para a luta das mulheres, como a luta contra a violência e a lgbtfobia, e em favor da descriminalização do aborto e dos direitos das mulheres negras e indígenas.
O movimento convoca as mulheres a aderirem ao movimento da maneira que puderem, seja através da paralisação, do engajamento na participação nos atos, do ativismo nas redes sociais ou mesmo da utilização de roupas e adereços simbólicos, especialmente de roupas de cor roxa ou lilás, que são as cores emblemáticas do movimento.
Da Redação
Com Portal do Litoral
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