“Toda vez que a gente está cuidando de fazer política social, é tratada como gasto. Toda vez. É inacreditável… Agora, nós descobrimos outra coisa, que vai entrar na minha pauta quando eu voltar, que é a questão dos professores. Ontem foi dia dos professores”, iniciou Lula. As informações são do R7, parceiro nacional do Portal Correio.
“Eu lembro que quando aprovamos o piso salarial [da categoria], muitos governadores [na época] não queriam pagar porque não tinham dinheiro. E olha que é um salário merreca para alguém que toma conta de 40 alunos numa sala de aula”, completou.
Durante a cerimônia, Lula relatou que a profissão de professor já foi nobre no país, mas que hoje “está sendo destruída”. Isso ocorre, de acordo com o presidente, porque “ninguém quer ser mais professor”. Então, afirmou que vai ter que criar um programa de incentivo.
“Nós vamos ter que criar um programa de incentivo para alunos, que prestarem o Enem, para fazer curso para se transformarem em professores. Ganha muito pouco, tem muito trabalho, as pessoas não querem”.
Programa
As declarações foram dadas por Lula durante agenda no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). Na ocasião, o governo anunciou uma série de medidas voltadas para o abastecimento alimentar e a produção orgânica, nesta quarta-feira (16), data em que se comemora o Dia Mundial da Alimentação. Entre as iniciativas, por exemplo, está o investimento de R$ 1 bilhão para a compra de até 500 mil toneladas de arroz.
“A gente fica estarrecido de que 733 milhões de seres humanos vão dormir toda noite sem ter que o comer. A gente pode dizer que existe seca, excesso de chuva, mas a verdade é que a única explicação para a existência da fome é uma coisa chamada irresponsabilidade de quem governa os países, os estados”, afirmou Lula.
“Nós já tiramos, em um ano e 10 meses de governo, 24,5 milhões de pessoas do Mapa da Fome. E a nossa ideia é tirar todos da fome até terminar o mandato em 2026… É um desafio ao mundo, porque não existe explicação, com o avanço tecnológico, da genética, a gente é capaz de produzir muito mais alimento do que se consome”, finalizou.