Ao Cidade em Ação, o advogado de defesa do padre, Sheyner Asfora, explicou que o religioso comparceu ao órgão para ressaltar que está “a disposição da justiça para qualquer dia e hora comparecer aqui na sede do Gaego não comunicamos aos promotores de justiça, mas viemos fazer a entrega do celular e se colocar a disposição mesmo, ele mesmo compareceu para dizer que quer contribuir”.
O depoimento ainda não foi agendado, mas a defesa do padre acredita que o sacerdote pode ser chamado na próxima semana para prestar esclarecimentos.
A OPERAÇÃO
A Força Tarefa composta pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público do Estado da Paraíba (Gaeco), pela Polícia Civil da Paraíba da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social, pela Secretaria de Estado da Fazenda da Paraíba e pela Controladoria-Geral do Estado da Paraíba, deflagraram, na manhã desta quinta-feira (05) a “Operação Indignus”.
A operação tem como objetivo apurar os fatos que indicam possíveis condutas criminosas ocorridas no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana/ASA. Segundo as investigações há indícios de possíveis desvios de recursos públicos destinados a fins específicos, por meio da falsificação de documentos e pagamento de propinas a funcionários vinculados às referidas entidades.
O padre e ex-diretor do Hospital Padre Zé, Egídio de Carvalho, é um dos alvos dos mandados de busca e apreensão da operação. Além do pároco outras pessoas da administração do hospital também são alvos. Entre estas pessoas está a diretora administrativa do hospital, Jannyne Dantas e a tesoureira da unidade hospitalar filantrópica, a Amanda Duarte.
Estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Criminal de João Pessoa. São oito mandados cumpridos na capital paraibana, um no município do Conde e dois no município de São Paulo (SP). Conforme apurou a reportagem, na capital os mandados cumpridos são nos bairros do Bessa e Cabo Branco, na área nobre da capital.
Teriam sido encontradas, garrafas de vinho de valor elevado, que podem chegar a mais de R$1.500.
De acordo com o Gaeco, a investigação aponta para uma absoluta e completa confusão patrimonial entre os bens e valores de propriedade das referidas pessoas jurídicas com um dos investigados, com uma considerável relação de imóveis atribuídos, aparentemente sem forma lícita de custeio, quase todos de elevado padrão, adornados e reformados com produtos de excelentes marcas de valores agregados altos.
As condutas, a princípio, indicam a prática de organização criminosa, lavagem de dinheiro, peculato e falsificação de documentos públicos e privados.
A Indignus conta com a participação de 36 integrantes do GAECO-PB (incluindo membros e servidores), com 28 integrantes da Polícia Civil da Paraíba (delegados e policiais civis), com 8 componentes do GAECO-SP, além do apoio da SEFAZ e CGE, formando uma efetivo de aproximadamente 72 agentes públicos.
Da Redação
Do Portal Umari
Com TV Arapuan
Créditos: Polêmica Paraíba