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Bolsonaro é tratado como ‘eterno presidente’ em evento da Rota com Tarcísio e Nunes

 


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) voltaram a se reunir em São Paulo nesta segunda-feira (16), em evento de aniversário de 53 anos da Rota, tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo.

O trio apareceu junto em meio a indefinição sobre o apoio de Bolsonaro à reeleição de Nunes.

No evento, realizado na região central da capital paulista, houve exaltação da Rota e defesa da Operação Escudo, na Baixada Santista, marcada por relatos de violência policial.

Bolsonaro sofreu afagos da organização do evento, onde foi apresentado como “eterno presidente” e recebeu aplausos e gritos de “mito”.

O ex-presidente foi homenageado com a medalha da Rota, que recebeu das mãos de Tarcísio. Bolsonaro não chegou a discursar e apenas desfilou com os veteranos do batalhão.

Tarcísio, como costuma fazer em eventos públicos, agradeceu ao padrinho político e exaltou feitos da gestão do ex-presidente, da qual participou como ministro. “Agradeço muito a oportunidade de ter aprendido com o senhor”, afirmou.

O governador também exaltou a Rota e citou a operação, deflagrada após a morte de um PM do batalhão.

“Nesse pátio sagrado, temos homens corajosos, homens que toparam enfrentar o crime, que se voluntariaram, saíram da folga para combater o crime organizado no Guarujá na Operação Escudo”, disse, finalizando ao afirmar que “São Paulo precisa de vocês”.

Depois do evento na Rota, Bolsonaro seguiu para o Mercado Municipal, onde ficou por alguns minutos. Já Tarcísio foi almoçar com Nunes na prefeitura.

Em agosto, Nunes, Tarcísio e Bolsonaro almoçaram na sede da prefeitura.

Como mostrou a Folha, entusiastas da reeleição de Nunes apostam na parceria com o governador Tarcísio de Freitas para reverter o desgaste do prefeito com a deterioração do centro e transformar a região em vitrine eleitoral no ano que vem.

Entre auxiliares do emedebista, o apoio do governador na campanha eleitoral é considerado crucial, principalmente diante do impasse em relação à aliança com Bolsonaro.

Nesta semana, a Assembleia Legislativa deve votar o projeto de lei de Tarcísio que inclui anistia às multas aplicadas na pandemia de Covid-19. A proposta enfrenta obstrução da oposição e criou um novo constrangimento entre o governador e seus aliados na Alesp.

O governo bolsonarista quer aprovar uma proposta que facilita a cobrança da dívida ativa, medida que tem a simpatia da maior parte dos parlamentares. A questão é o chamado jabuti do projeto —um artigo que perdoa os débitos das multas da pandemia e que é visto como um benefício para o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Por não usar máscara e provocar aglomerações, Bolsonaro foi multado pela gestão de João Doria (PSDB) ao menos seis vezes. A dívida já chega a R$ 1,1 milhão, e o governo passou a cobrar o ex-presidente em ações judiciais que estão em andamento.

Da Redação

Do Portal Umari

Com Folha Online

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