O trio apareceu junto em meio a indefinição sobre o apoio de Bolsonaro à reeleição de Nunes.
No evento, realizado na região central da capital paulista, houve exaltação da Rota e defesa da Operação Escudo, na Baixada Santista, marcada por relatos de violência policial.
Bolsonaro sofreu afagos da organização do evento, onde foi apresentado como “eterno presidente” e recebeu aplausos e gritos de “mito”.
O ex-presidente foi homenageado com a medalha da Rota, que recebeu das mãos de Tarcísio. Bolsonaro não chegou a discursar e apenas desfilou com os veteranos do batalhão.
Tarcísio, como costuma fazer em eventos públicos, agradeceu ao padrinho político e exaltou feitos da gestão do ex-presidente, da qual participou como ministro. “Agradeço muito a oportunidade de ter aprendido com o senhor”, afirmou.
O governador também exaltou a Rota e citou a operação, deflagrada após a morte de um PM do batalhão.
“Nesse pátio sagrado, temos homens corajosos, homens que toparam enfrentar o crime, que se voluntariaram, saíram da folga para combater o crime organizado no Guarujá na Operação Escudo”, disse, finalizando ao afirmar que “São Paulo precisa de vocês”.
Depois do evento na Rota, Bolsonaro seguiu para o Mercado Municipal, onde ficou por alguns minutos. Já Tarcísio foi almoçar com Nunes na prefeitura.
Em agosto, Nunes, Tarcísio e Bolsonaro almoçaram na sede da prefeitura.
Como mostrou a Folha, entusiastas da reeleição de Nunes apostam na parceria com o governador Tarcísio de Freitas para reverter o desgaste do prefeito com a deterioração do centro e transformar a região em vitrine eleitoral no ano que vem.
Entre auxiliares do emedebista, o apoio do governador na campanha eleitoral é considerado crucial, principalmente diante do impasse em relação à aliança com Bolsonaro.
Nesta semana, a Assembleia Legislativa deve votar o projeto de lei de Tarcísio que inclui anistia às multas aplicadas na pandemia de Covid-19. A proposta enfrenta obstrução da oposição e criou um novo constrangimento entre o governador e seus aliados na Alesp.
O governo bolsonarista quer aprovar uma proposta que facilita a cobrança da dívida ativa, medida que tem a simpatia da maior parte dos parlamentares. A questão é o chamado jabuti do projeto —um artigo que perdoa os débitos das multas da pandemia e que é visto como um benefício para o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Por não usar máscara e provocar aglomerações, Bolsonaro foi multado pela gestão de João Doria (PSDB) ao menos seis vezes. A dívida já chega a R$ 1,1 milhão, e o governo passou a cobrar o ex-presidente em ações judiciais que estão em andamento.
Da Redação
Do Portal Umari
Com Folha Online