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Justiça libera suspeito de participar de incêndio a ônibus no Padre Zé


 O suspeito de participar do incêndio a um ônibus no Padre Zé, chama-se Antonio Gomes da Silva e foi preso na sexta-feira, 28. O homem teria sido responsável por dirigir o carro que levou os bandidos ao local ao ato terrorista. Ele passou por audiência de custódia no fim da tarde deste sábado, 29, e foi posto em liberdade. A decisão foi da juíza da 2º Vara Criminal da capital, Higyna Josita Simões de Almeida e atendeu ao parecer do Ministério Público.

A acusação contra Antonio é de promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa. Nos autos, os policiais militares afirmam que foram acionados para cumprir mandado de busca e apreensão em relação a um veículo e aparelhos eletrônicos do suspeito. O mandado é fruto do processo 0809231-94.20223.8.15.2002, relativo ao incêndio do ônibus. Ainda de acordo com os policiais, ao realizar vistoria no carro de Antônio, foi encontrada uma embalagem plástica com forte cheiro de combustível. Além disso, ao realizar perícia no telefone celular do autuado, encontraram fortes indicativos de envolvimento com uma facção criminosa através das conversas de WhatsApp, suspeitando ainda de conversas relativas ao atentado contra o ônibus, motivo pelo qual foi dada voz de prisão a Antonio.

Na nota encaminhada à imprensa na manhã de ontem, a Polícia Federal informou que confirmou-se que o preso é o proprietário do carro, tendo sido encontrado no interior do veículo um galão com forte cheiro de combustível, o que vinculou ainda mais o carro ao fato.

Com a análise do aparelho celular, somada às declarações do preso e às demais evidências, restou comprovada a sua participação como motorista do veículo utilizado na ação criminosa e sua ligação direta a organização criminosa que atua no estado.

Liberdade – O Ministério Público emitiu parecer pela homologação do flagrante e para conceder liberdade provisória. Na decisão, a juíza entende que existe “fumaça da prática de um delito”, mas que nos autos não fica evidenciado o perigo gerado pelo estado de liberdade.

“No caso em análise, a materialidade do crime resta consubstanciada pela colheita de elementos de convicção. Há indícios de autoria pesando sobre o acusado de que, teve expedido Mandado de Busca e Apreensão em seu desfavor. No que tange aos requisitos da prisão preventiva, observa-se que de que não há necessidade da prisão para garantia da ordem pública, tratando-se de delito cometido sem grave
ameaça”, é o que diz um trecho do pensamento da juíza.

Além disso, a magistrada sinaliza que Antônio dificilmente cumprirá pena na prisão: “No caso, vejo que o delito investigado dificilmente acarretará pena em concreto, caso venha a ser denunciado e condenado, em patamar suficiente a indicar que deva iniciar o seu cumprimento em regime fechado, ante a quantidade de pena corporal máxima prevista nos tipos penais in casu, o que torna desproporcional a segregação cautelar decretada”.

Foram aplicados ao suspeito medidas cautelares de comparecimento mensal e impossibilidade de ausentar-se da comarca sem autorização judicial, “para que haja mínimo controle de seu paradeiro e vinculação dele aocaso e ao feito judicial”.

A magistrada pontua, finalmente, que o Ministério Público solicitou a liberdade provisória. “Por fim, tendo em vista que a Lei 13.964/2019 (Pacote anticrime) alterou a redação do artigo 311, do Código de Processo Penal, eliminando a possibilidade de decretação de ofício da prisão preventiva pelo magistrado, não resta outra alternativa a essa magistrada que não seja a concessão da liberdade provisória com medidas cautelares diversas da prisão nos moldes requeridos pelo Parquet”.

Morte – Morreu nesse sábado, o motorista Silvano da Silva, de 49 anos, que teve o corpo queimado durante o ataque a ônibus do qual Antonio participou. O crime aconteceu no dia 18 deste mês e três passageiros ficaram feridos, mas já receberam alta hospitalar. Silvano estava internado no Hospital de Trauma de João Pessoa há 11 dias com 70% do corpo queimado e em estado grave.

Da Redação

Do Portal Umari

Com Parlamento PB

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