Na postagem feita na última quarta-feira, 19, a deputada apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) alega que o filme não é indicado para crianças pelas pautas debatidas e que “a luta contra a inversão de valores é uma batalha constante, mas nescessária”.
“Podemos pensar que um filme baseado nessa personagem seria voltado para o público infantil e familiar, destacando a feminilidade. No entanto, essa suposição está errada”, escreveu na legenda Portela. A publicação é composta por fotos com textos que defendem o assunto proposto por ela.
Em seguida, ela inicia sua argumentação utilizando a classificação indicativa, que foi definida como 12 anos. “O Conar (Conselho Nacional Auto Regulamentação Publicitária) proibiu a exibição do trailer em salas para menores de 12 anos pelo conteúdo dos diálogos e atos violentos”, escreveu Portela.
O próximo tópico trazido pela deputada é a trama do filme. Nela, a Barbie (Margot Robbie) é expulsa da “Barbieland” quando deixa de se encaixar no mundo perfeito e vai com seu Ken (Ryan Gosling) para o mundo real em busca de sua felicidade.
“Já se sabe que o filme será um drama de quando a Barbie vai parar no mundo real, e nele descobre assédio, prisão, bebida alcoólica e profundas reflexões sobre sua existência”, escreveu ela em sua publicação.
Outro ponto que, segundo a deputada bolsonarista tornaria o filme impróprio para crianças, é a presença da pauta LGBTQI+ no longa. A primeira argumentação é que o filme tem uma de suas Barbies interpretadas por uma mulher trans, a atriz Hari Nef, que representa a Barbie médica no filme.
Ela também utiliza um pequeno trecho da análise feita pelo Movieguide, um site que funciona como um guia de filmes e séries para cristãos: “O filme foi produzido para ‘adultos nostálgicos e promove histórias de personagens lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros”.
Para Portela, o longa é uma “decadência dos princípios familiares no cinema”, afirmando que nas animações tinha a presença de “redenção, compaixão, trabalho em equipe, gentileza, auto sacrifício, feminilidade e muito mais”.
“A inversão de valores é uma triste realidade que observamos em nossa sociedade atual. E é preocupante ver como princípios éticos e morais estão sendo distorcidos e até mesmo ignorados”, sustenta.
Na última foto da publicação, ela começa dizendo que após as informações apresentadas, os responsáveis podem concluir que o filme não é adequado para crianças assistirem. “Embora possa ser interessante para aqueles que adoravam brincar com a Barbie, não espere assistir a um filme voltado para crianças e família”, reforça a argumentação que já tinha de forma semelhante em outras partes do texto e legenda.
Nos comentários, as opiniões se mostraram divididas sobre a campanha. Uma internauta, em apoio a deputada, escreveu: “Esse filme é nojento e quem está criticando ela é porque se sentiu afetado, povo sem princípio”. Já outra agradeceu Alê Portela pela iniciativa: “Deputada @aleportelaoficial parabéns pela sua manifestação e alertamos acerca do que está por detrás de tudo isto”.
Em oposição ao conteúdo publicado, uma internauta comentou: “Ora, ora, ora! Alguém descobriu que o filme cuja classificação indicativa [é] para adolescentes e adultos não é para crianças. Que surpresa, hein? E o que mais você descobriu?”
“Qual é o problema retratar pessoas da comunidade LGBTQIA+?”, perguntou outra. Além delas, outra usuária questionou se o que tornaria o filme inadequado seria a presença de um personagem LGBTQIA+. “Ser LGBTQIA+ é imoral, criminoso ou algo do tipo? Porque até onde eu sei, o que é imoral e criminoso é a homofobia”, afirma.
Da Redação
Do Portal Umari
Com Polêmica Paraíba
Créditos: O Povo