Segundo José Roberto Santin a cocaína rosa não tem ligação alguma com a cocaína branca. “Essa droga surgiu nos anos 70, com outro nome. Ela era conhecida como 2C-B ou Two-C, pela pronúncia em inglês do número 2 e da letra C. Aqui o termo foi abrasileirado para tuci. É uma droga sintética, com efeito estimulante, despersonalizante e eufórico, semelhantes ao do LSD e do Ecstasy”, comenta. Assim como a cocaína branca, ela pode ser encontrada em “pó” e gera uma euforia inicial, o que motivou o apelido comum.
“O efeito estimulante e as alucinações são decorrentes da presença de metanfetamina e/ou LSD”, diz José Roberto Santin. Segundo ele, a cocaína rosa é diferente da comum. Depois do consumo, a pessoa pode se sentir animada, mas, com o tempo, essa agitação evolui para as alucinações, que aumentam o risco de acidentes. “Pode ter ocorrido com a modelo brasileira morta na Argentina. O usuário está sujeito a ver e fazer coisas extremas, sem noção exata da realidade ao seu redor”, disse o farmacêutico. Além de causar alucinações, a cocaína rosa pode provocar hipertensão, hipertermia e desidratação. “Em doses extremas, o uso pode levar à sobrecarga do coração, causando infarto”, alerta.
Apesar de não ser tão comum no Brasil, há relatos de apreensão do entorpecente em alguns estados do Sul e do Sudeste. Na Paraíba, já foram apreendidas grandes quantidades de comprimidos similares à droga, como ecstasy, por exemplo. Conforme Viviane Magalhães, o ecstasy, assim como a “cocaína rosa” e as drogas sintéticas, de um modo geral, possuem em sua composição a substância MDMA (midomafetamina), “responsável pelos efeitos mais devastadores dessas drogas recreativas”. Além de causar um estado intenso de euforia, bem-estar e aceleração de batimentos cardíacos, a “cocaína rosa”, explica a delegada, pode gerar uma série de riscos advindos dos efeitos alucinógenos, entre eles, a distorção da percepção da realidade, paranóias, pânico e o próprio vício. “Também pode ocasionar elevação da pressão arterial e da temperatura do corpo, além de casos de infarto”, diz Viviane Magalhães.
“Assim como outras drogas inseridas no mercado, que são consideradas ‘novas’, a DRE vem buscando aprimorar-se ainda mais no conhecimento sobre a forma em que elas se apresentam, e atuando de forma a reprimir esse crime de efeitos avassaladores para a saúde do indivíduo”, afirmou Viviane.
Da Redação
Do Portal Umari
Com PB Agora