Não foram à toa os diversos encontros de Bruno Cunha Lima com o senador Veneziano Vital em Brasília. E a verdade é que diante de todo investimento que o senador campinense tem enviado para Campina Grande, o prefeito Bruno Cunha Lima parece já ter se convencido de que a chegada de Veneziano ao grupo não tem mais o que se discutir, só faltando as nomeações de alguns aliados de Veneziano para participar oficialmente do governo de Bruno.
Até aí está tudo bem. A adesão de um senador da envergadura de Veneziano é indubitavelmente uma aquisição fenomenal do ponto de vista estadual. Entretanto, dentro da conjuntura local, é evidente que se cria fissuras internas com os aliados do deputado federal Romero Rodrigues (Podemos).
Aliás, as declarações do administrador campinense no último fim de semana à imprensa paraibana, quando denominou de “mimimi” as especulações sobre possível “racha” com o ex-prefeito Romero Rodrigues, inclusive dizendo que “é gente procurando chifre em cabeça de cavalo”, tem nitidamente um tom de preocupação, pois ninguém mais do que o próprio Bruno sabe que se Romero Rodrigues deixar o seu grupo político, dificilmente ele (Bruno) se reelegerá prefeito de Campina Grande em 2024, pois quem mora e vive em Campina Grande sabe que o deputado federal Romero Rodrigues é a maior liderança da cidade, basta ver a sua votação na eleição do ano passado quando obteve mais de 70 mil votos.
Diante de tudo isso, vemos que uma possível saída de Romero Rodrigues do grupo Cunha Lima, “não é chifre em cabeça de cavalo”, e sim, uma realidade, já que dentro dessa possível conjuntura que estão querendo formar em Campina Grande, mais uma vez, Romero poderá sofrer mais uma amarga decepção, e frustrar o seu eleitorado novamente.
Será que já não está na hora de Romero dar um grito de liberdade e mostrar toda sua pujança política em outro grupo? Será que Romero não teria possibilidade de dar voos mais altos, ao invés de ficar sempre com a mesmice de ser um “reserva de luxo” de sua equipe? Como diz a música de Ronnie Von: “A mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores e o mesmo jardim…”. Acredito que nesse momento, talvez fosse melhor se inspirar na composição que fez tanto sucesso no carnaval do Rio de Janeiro em 1989 pela Imperatriz Leopoldinense: “Liberdade, liberdade, Abre as Asas sobre Nós” (Niltinho Tristeza, Preto Jóia, Vicentinho e Jurandir).
Da Redação
Do Portal Umari
Com Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba