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“Agora começou o jogo”, diz Lula sobre relação com Congresso

 


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse na última quinta-feira (25) que as mudanças feitas pelo Congresso na MP (medida provisória) que reestruturou os ministérios da sua nova gestão são “coisa mais normal” e acrescentou que “agora começou o jogo” de negociação com os congressistas.

Para o presidente, as alterações que acabaram por tirar prerrogativas fundamentais de ministérios, especialmente os do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas são “coisa quase impossível” de se alterar porque “é o governo que faz”.

“Hoje a impressão que eu tinha [ao ler jornais] era de que o mundo tinha acabado. ‘Lula foi derrotado’, ‘acaba-se ministério disso’, ‘acaba-se ministério daquilo’, e o que estava acontecendo era a coisa mais normal. Até então, a gente estava mandando a visão de governo que queríamos. A comissão no Congresso resolveu mexer, coisa que é quase impossível, que é o governo que faz. Agora começou o jogo. E vamos fazer governança daquilo que precisamos fazer”, disse Lula.

Para o presidente, a sociedade não pode “se assustar com a política”, que é de onde “se tem as soluções dos grandes e pequenos problemas do País”.  “Quando a sociedade se assusta com a política e começa a culpar a classe política, o resultado é infinitamente pior”, disse.

DISSE A EMPRESÁRIOS

O presidente discursou na cerimônia de encerramento do evento pelo Dia da Indústria, realizado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), em São Paulo.

A comissão mista que analisou a medida provisória 1.554, de 2023, que oficializou a composição dos 37 ministérios do novo governo Lula. O relator, deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), no entanto, fez uma série de mudanças na prerrogativa de algumas pastas, em especial as do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas. O parecer deve ser aprovado pelo Congresso.

A ministra Marina Silva (Meio Ambiente) criticou as mudanças e disse nesta 5ª feira que o governo vive momento de “contradições”.

O núcleo duro do governo, no entanto, entende que é melhor aprovar a medida provisória como está porque ela perde sua eficácia em 1º de junho. A estratégia discutida pelo Palácio do Planalto seria retomar algumas das alterações por meio do veto presidencial ou edição de decretos.

POLÍTICA INDUSTRIAL

Durante o seu discurso, Lula defendeu uma política industrial “altiva e ativa” para o país e disse que o fortalecimento do setor não relega o agronegócio a um lugar secundário.

“Tem muita gente que fala em crescimento de política industrial e relega a lugar muito secundário o agronegócio, a exportação de commodities. É importante saber que a indústria cresça, mas as exportações de commodities também cresça, o agronegócio também cresça. O Brasil precisa ser cada vez mais exportador de grãos, carnes, do que sabemos produzir. E isso não atrapalha a indústria”, disse.

ARGENTINA

Lula voltou a defender uma linha de crédito para empresas brasileiras que exportam para a Argentina. A medida foi oferecida ao presidente argentino Alberto Fernández em 2 de maio quando ele esteve em Brasília para se reunir com seu homólogo brasileiro como forma de ajuda.

O país vizinho enfrenta crise econômica e financeira e espera desenvolver novos mecanismos para ampliar o comércio com o Brasil como forma de ajudar na recuperação.

“Mais do que ajudar a Argentina, queremos ajudar os exportadores brasileiros que vendem para a Argentina”, disse Lula. O presidente lembrou que a China injetou U$ 30 bilhões para ajudar o país vizinho a comprar produtos chineses.

“E não adianta reclamar para mim que estão comprando produto chinês e não o nosso. Precisamos saber o que vamos dar de garantia para os nossos exportadores. […] Interessa também que o nosso mercado continue exportando bem para a Argentina”, disse.

Uma das medidas em discussão é que o Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido como Banco dos Brics, crie um fundo garantidor que possa ser usado junto a outros países para dar segurança aos exportadores.

 

Da Redação

Do Portal Umari

Com  PolíticaJP

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