“Aquela era uma solenidade na Cagepa em que os dois secretários que estavam à mesa eram os que assinam as obras da Cagepa: o presidente da companhia [Marcos Vinícius] e o secretário de Infraestrutura, Recursos Hídricos [Deusdete Queiroga] e fora eles, o de Comunicação que ficou fazendo a interlocução com a imprensa. Os demais, Geraldo Medeiros, Cláudio Furtado, Gustavo Feliciano, Fábio Andrade não estavam à mesa. Em cada solenidade, iríamos destacar a presença de outros secretários. Ela teria a fala em outro momento, quando iríamos destacar inclusive obras nas Malvinas que tiveram emendas do senador Veneziano. Ela tomou uma decisão que eu classifico como de imaturidade política. Só por não ter sido chamada para a mesa sair de uma solenidade? É muito estranho. Não acho que tenha havido agressão ou falta de consideração. As pessoas tentam supervalorizar algo que eu considero muito pequeno. Isso é muito pequeno e não tirou o brilho dos investimentos que reservamos para Campina Grande: dos R$ 95 milhões que deixamos em Campina Grande, dos 40 mihões envolvidos em saneamento, dos R$ 14 milhões em segurança, dos quase 28 milhões em educação. Foi isso que viemos fazer e toda equipe do governo participou”.
João voltou a enfatizar que não conversou com o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), mas que está disposto ao diálogo e que isso não significa necessariamente um compromisso político. “Veneziano se reuniu com Luciano Cartaxo, com Cássio [Cunha Lima], com Lula e o que eu tenho com isso? Nada! Isso é direito. É livre arbítrio. Eu não o acusei de fazer acordos políticos e não aceito pequenez política”.
Ao ser questionado sobre os motivos que o levam a admitir uma conversa com Romero e descartar com Ricardo Coutinho, seu ex-aliado, João afirmou que são situações totalmente diferentes: “Minha relação com o ex-governador está totalmente desgastada por uma série de fatores que vêm desde 2019 quando ficou caracterizado que o ex-governador fez uma operação para me tirar do PSB. Atualmente, quando o presidente Carlos Siqueira me diz que o partido estaria de portas abertas para mim, eu fico feliz pelo reconhecimento ainda que tardio. Não há condições… e eu venho sofrendo ataques do ex-governador com acusações infundadas, com inverdades.. tem um sindicalista de Campina Grande que diz que eu vou privatizar a Cagepa e eu vivo repetindo que não vou”.
Outro ponto tratado por ele na entrevista foi a respeito do perfil de quem estará em sua chapa: “Eu poderia ter na minha chapa alguém que pudesse ao mesmo tempo subir no palanque do governador que apóia um candidato a presidente da República e ele apoiasse outro? Eu já disse que não voto no atual presidente porque não acredito em sua gestão. Não há como o governador ter um discurso e o vice ou o senador, ter outro. Na política, você tem que ser verdadeiro e mostrar sua cara”, disse ele em entrevista ao programa Hora H, levado ao ar em uma cadeia de rádios em toda a Paraíba.