“Nasci de novo. Quero agradecer primeiramente a Deus e a todos os policiais envolvidos. Não tenho como expressar a alegria de poder voltar pra casa hoje e ver minha família novamente”.
O relato emocionado é de Vitória Oliveira, de 21 anos, funcionária de uma loja de celulares em um dos locais mais movimentados no Centro de Angra dos Reis (RJ). Ela foi feita refém durante uma tentativa de roubo que terminou com a morte do assaltante na manhã de quarta-feira (7).
Depois de invadir a loja, o bandido, de 20 anos, caminhou por dois quarteirões com a vítima — uma distância de aproximadamente 200 metros.
“Ele botou a arma na minha costela, o tempo todo falando que ele ia me matar. Eu tentava ficar o mais calma possível. Ele pedia pra eu falar com os policias e eu falava, pedia, tentava falar com ele, também. Tentava acalmar ele, mas ele estava muito desorientado. E ele continuou andando, andando, falando que não ia me soltar”, contou Vitória.
Vitória não foi ferida fisicamente, mas viveu um filme de terror ao ficar por 15 minutos com uma arma apontada para a cabeça. Ela foi salva por um policial civil a paisana que atirou três vezes para tentar acertar o assaltante. Um dos tiros atingiu a cabeça dele.
“Graças a Deus ele foi lá, ele estava lá. Na hora eu corri. Só que quando eu corri, um outro policial me abraçou, e ali eu desabei. Porque ali eu tinha certeza que mais nada de mau ia acontecer comigo. Eu me mantive forte o tempo todo, mas ali eu não aguentei. Só senti alívio, alivio e felicidade por ter saído viva dessa situação que poderia ter sido bem diferente”, descreveu Vitória.