O advogado Frederick Wassef, que já representou o presidente Jair Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), foi denunciado nesta sexta-feira (25) pela força-tarefa da Lava Jato por peculato e lavagem de dinheiro.
A denúncia é um desdobramento da operação E$quema S, que apura desvios de entidades do Sistema S do Rio.
O Ministério Público Federal (MPF) encontrou movimentações suspeitas nas contas do escritório de Wassef. Segundo os investigadores, esses recursos foram desviados da Fecomércio-RJ.
Os procuradores denunciaram mais quatro pessoas: Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomércio-RJ; o empresário Marcelo Cazzo; e as advogadas Luiza Nagib Eluf e Marcia Carina Castelo Branco Zampiron. Cazzo teria apresentado Wassef ao grupo.
Segundo a denúncia, Orlando, Marcelo, Frederick e Marcia, com auxílio de Luiza, de “modo consciente e voluntário”, desviaram recursos do Sesc-RJ e do Senac-RJ, por intermédio da Fecomércio-RJ no valor de R$ 4,6 milhões com pagamento de honorários advocatícios por serviços que não foram prestados, relativos a contrato ideologicamente falso firmado entre a Fecomércio-RJ e o escritório Eluf Santos Sociedade de Advogados, que pertence a Luiza.
Segundo a denúncia, os desvios aconteceram, em seis oportunidades, no período de 15 de dezembro de 2016 e 19 de maio de 2017.
A Lava Jato no Rio autorizou, no início do mês, uma operação de busca e apreensão contra os advogados Cristiano Zanin e Roberto Teixeira, que defendem o ex-presidente Lula, e Eduardo Martins, filho do atual presidente do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Martins, além de Wassef.
Wassef é próximo do presidente Jair Bolsonaro e é o dono da casa onde foi preso, em junho, o policial militar aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio que é investigado no caso das rachadinhas, um suposto esquema de desvio de salários de funcionários da Assembleia Legislativa do Rio.
Da Redação
Com Polêmica Paraíba
Créditos: G1