A prisão preventiva da servidora da Procuradoria-Geral da Paraíba, Maria Laura Caldas de Almeida Carneiro, presa na quarta etapa da Operação Calvário foi mantida após audiência de custódia realizada na tarde desta quinta-feira (2) em João Pessoa. A prisão de Maria Laura Caldas de Almeida Carneiro ocorreu na terça-feira (30), durante o cumprimento de 19 mandados judiciais.
A decisão do juiz Adilson Fabrício Gomes Filho determinou que a servidora fosse encaminhada para a Penitenciária Feminina Júlia Maranhão. O magistrado também definiu que ela só pode receber visitas dos familiares de 1º e 2º grau e seus advogados legalmente constituídos. O objetivo do juiz é evitar ingerência de influência política no processo judicial.
O juiz se absteve de fazer perguntas relacionada ao processo à servidora. Maria Laura explicou que não houve nenhum tipo de abuso por parte dos policiais e confirmou que passou por exames de corpo de delito. Por fim, em caso de deslocamento da presa, a Justiça determinou que a escolta seja feita exclusivamente pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba (Gaeco).
Operação
Além do mandado de prisão preventiva, que resultou na prisão de Maria Laura, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, deferidos pelo desembargador Ricardo Vital. De acordo com MPPB, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) ajudou no cumprimento dos mandados. A quarta fase da operação foi deflagrada após depoimentos da ex-secretária de administração, Livânia Farias.
Os mandados foramcumpridos em João Pessoa, Pitimbu e Santa Terezinha, no Sertão paraibano. A Operação Calvário investiga núcleos de uma organização criminosa comandada por Daniel Gomes da Silva, que é acusado por desvio de recursos públicos, corrupção, lavagem de dinheiro e peculato, através de contratos firmados junto a unidades de saúde da Paraíba, com valores chegando a R$ 1,1 bilhão, possuindo atuação em outros estados, como o Rio de Janeiro.
Indícios de grande movimentação de dinheiro em espécie foram encontrados pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), na terceira fase da operação. De acordo com o MP, fitas de “maços” de dinheiro, utilizadas para amarrar grandes quantias, foram encontradas no bairro Costa e Silva, em endereços de Maria Laura Caldas de Almeida Carneiro, servidora pública e esposa de outro investigado na operação.
Da Redação
Com G1