Subiu para 84 o número de mortes confirmadas em decorrência do rompimento de uma barragem em Brumadinho (MG), na última sexta-feira (25). Até o momento, 42 corpos foram identificados. A informação foi divulgada na noite desta terça-feira (29) pela Defesa Civil e pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. Outras 276 pessoas permanecem desaparecidas.
A última atualização do número de mortes era da noite de segunda (28), quando os bombeiros confirmaram 65 mortes. Na manhã desta terça, o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, afirmou que a expectativa era de que esse número aumentasse, o que se confirmou.
Nesta noite, Aihara informou que os bombeiros conseguiram acessar completamente o interior de um ônibus que transportava funcionários da mineradora no momento do acidente.
O veículo foi encontrado na noite de domingo (27), soterrado pela lama. “Esse ônibus já foi inteiramente vistoriado e nele havia 3 vítimas. Tinha a expectativa de mais gente [estar no ônibus], mas se verificou que só três estavam nele”, afirmou.
O tenente afirmou ainda que os bombeiros puderam retirar da lama, nesta terça, dois corpos de vítimas que estariam no refeitório da Vale no momento da tragédia, que aconteceu próximo ao horário de almoço dos funcionários. Os corpos estavam próximos a botijões de gás e também a mobiliários idênticos aos do refeitório –os bombeiros fizeram a comparação dos móveis por fotos. “Acreditamos que tem uma concentração grande [de vítimas] lá”, disse Aihara.
A construção, que ficava logo abaixo da barragem que se rompeu, foi arrastada por cerca de 800 metros devido à força da lama.
Na manhã da última terça, foram presos temporariamente dois engenheiros que atestaram a estabilidade da barragem de Brumadinho e três funcionários da Vale responsáveis pelo local e seu licenciamento.
A juiza Perla Saliba Brito, da Comarca de Brumadinho da Justiça de Minas Gerais, que expediu os mandados de prisão, indicou que as detenções têm como objetivo apurar a prática, “em tese”, de homicídio qualificado, crimes ambientais e falsidade ideológica.
Da Redação
Com Portal do Litoral