Além dos senadores Cássio Cunha Lima, do PSDB, que foi derrotado ao tentar a reeleição e Raimundo Lira, do PSD, que não se candidatou a um novo mandato, cinco deputados federais concluem hoje sua passagem pela Câmara. Os deputados Benjamin Maranhão (MDB) e André Amaral (Pros) não lograram reeleger-se em 2018. Wilson Filho, do PTB, trocou o mandato de deputado federal pelo de deputado estadual, cedendo vaga na Câmara para seu pai, Wilson Santiago, que retorna à Casa. Amaral assumiu o mandato como suplente, com a renúncia de Manoel Júnior, que assumiu a vice-prefeitura de João Pessoa no segundo mandato de Luciano Cartaxo, do PV.
O deputado federal Marcondes Gadelha (PSC), que se investiu com a morte de Rômulo Gouveia (PSD), não disputou novo mandato e lançou o filho, Leonardo, ex-presidente nacional do INSS para o páreo. Leonardo obteve votação expressiva, mas insuficiente para sua vitória, ficando na suplência. Luiz Couto, do Partido dos Trabalhadores, um dos expoentes na área dos Direitos Humanos na Câmara Federal, fica de fora da próxima legislatura porque concorreu ao Senado, mas, apesar de bem votado, não teve êxito. Sua vaga na Câmara passa a ser ocupada pelo atual deputado estadual Frei Anastácio Ribeiro, ligado aos movimentos de trabalhadores rurais da Paraíba.
Em compensação, foram reeleitos à Câmara Federal os deputados Pedro Cunha Lima, do PSDB, filho do senador Cássio Cunha Lima, Damião Feliciano, do PDT, marido da vice-governadora reeleita Lígia Feliciano, Wellington Roberto (PR), Efraim Morais, do DEM e Aguinaldo Ribeiro, do Partido Progressista, que foi líder do governo de Michel Temer na Casa. Edna Henrique, do DEM, é a única mulher representante da Paraíba na Câmara na nova legislatura, enquanto Daniella Ribeiro, do PP, assume como a primeira senadora da história do Estado. Entre os parlamentares paraibanos que concluem mandatos hoje, alguns tiveram desempenho de destaque no Congresso Nacional, atuando como integrantes de Mesas Diretoras, líderes de partido e até presidindo comissões influentes nas duas Casas do Congresso.
Rômulo Gouveia morreu em 13 de maio do ano passado, vítima de ataque cardíaco. Além de ter atuado como líder do PSD, ele foi eleito no segundo biênio como quarto secretário da Mesa Diretora da Câmara, tendo, ainda, participação relevante na luta para que as obras de transposição das águas do rio São Francisco saíssem do papel e começassem a garantir o abastecimento de milhares de famílias paraibanas de vários municípios afetados com a falta d’agua. Gouveia foi um dos mais ativos na luta pelos canais da transposição. Efraim Filho foi relator de matérias polêmicas como a regulamentação da vaquejada como esporte. Os deputados paraibanos também se destacaram na defesa do fim do foro privilegiado, a exemplo do deputado Pedro Cunha Lima, do PSDB.
Da Redação
Com Nonato Guedes