Todos os pacientes que procuram o nutricionista Diogo Círico, da Growth Supplements, fazem a mesma reclamação quando ouvem que precisam de uma dieta adequada. “É trabalhoso, caro, é difícil, desprazeroso”. “Uma das minhas funções é exatamente viabilizar esse processo: fornecer a estratégia que torne possível a execução da dieta”, conta ele.
No entanto, nem todo mundo tem condições de agendar uma consulta com um nutricionista. Nesses casos, além dos artigos que muitos profissionais publicam na Internet, as pessoas costumam fazer dietas próprias, sem orientação nutricional. Para esses, Círico ajudou o Portal Correio a elaborar uma lista de como planejá-la de forma adequada — mesmo para pessoas com rotinas ocupadas.
A importância dos vegetais
Deveria ser óbvio que uma dieta monótona, sem sabor e que não encaixa na rotina não tem chances de dar certo. Apesar disso, é comum pessoas se sujeitando a métodos e modismos alimentares que parecem saudáveis, mas não são. “Uma dieta ‘ruim’ de fazer está fadada ao fracasso, porque não dura muito tempo”, explica Círico.
Várias pesquisas nutricionais já comprovaram que uma das práticas mais saudáveis de qualquer dieta é inserir muitos tipos de vegetais na comida cotidiana. No entanto, o nutricionista da Growth alerta: “Se não é interessante e prazeroso, talvez não seja o melhor caminho”, diz.
Saladas de pote
Essa estratégia pode ser usada para facilitar a vida de quem precisa preparar as várias refeições do dia. Ela é bem-vinda porque ajuda a organizar a parte dos vegetais durante todo o período ocupado entre trabalho, universidade ou afazeres de casa. Em cada pote é possível ter camadas só de vegetais ao lado dos outros tipos de alimentos, como carboidratos e proteínas.
Compras programadas
Diogo Círico diz que é melhor concentrar as compras em um único dia da semana, e que ele também seja utilizado para pré-preparar os alimentos. “Depois, é só deixar congelado. Os vegetais da dieta são mais delicados, porque deterioram facilmente e precisam de refrigeração. É recomendável comprar alface, por exemplo: limpar todas as folhas, armazenar num recipiente e ir consumindo ao longo da semana”, explica.
No caso de proteínas, é melhor congelá-las. “O frango, por exemplo, ou a carne e o peixe: é mais vantajoso e produtivo fazer o esforço de deixá-los prontos do que sujeitar-se a comer o que fica à disposição no dia a dia em lanchonetes, padarias, etc.”, recomenda. Para ele, mesmo com muitos locais que oferecem alimentação saudável e direcionada a praticantes de atividade física, os preços não valem a pena. “A comida é adequada, mas o valor é exagerado”.
Hidratar-se sempre
A grande maioria das pessoas não se hidrata adequadamente, o que é extremamente prejudicial e prejudica o desempenho de quem faz treinos de musculação. O recomendado pela Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte é tomar entre 35 a 50 ml de água por quilo durante um dia. No entanto, outros líquidos podem substituí-la, ainda que não seja o indicado.
“Uma ou duas porções de chá, sucos, águas aromatizadas ou outras estratégias que melhorem a aceitação de líquido podem ser feitas. O importante é ingerir a quantidade adequada, porque depois que se acostuma o corpo vai eliminando o que não é água ou o que for menos interessante do que ela”, diz o nutricionista.
Não se limitar
“Se o indivíduo não está realizando um tratamento específico, ou caso não esteja sendo orientado por um nutricionista, é bom evitar métodos que eliminem um grupo de alimentos da dieta”, como são os casos das famosas ‘No carb’ ou ‘No fat’. Limitar o consumo de um grupo alimentar, ou seja, tomar uma postura excludente como estratégia de dieta, acaba aumentando a possibilidade de déficit de algum dos micronutrientes ou até mesmo dos nutrientes essenciais, como os ácidos graxos”, explica Círico.
Não ser enjoado
Além de não se limitar na dieta, uma pessoa que está procurando melhorar suas práticas alimentares precisa estar disposta a passar por cima de alguns tipos de preconceitos. Círico conta que o que mais dificulta o trabalho dos nutricionistas não é a rotina agitada de um paciente, em que não há hora para se alimentar, mas aqueles que se recusam a comer grande parte do que é proposto.
“O que mais tem são pacientes que ‘não comem abóbora’, ‘não tomam chá’, ‘não gostam de nada amargo’, ‘não encaram algo salgado em uma hora específica’, etc. Essa postura acaba com as ferramentas do nutricionista, que são justamente os alimentos. Variar o cardápio é indispensável e necessário, porque é impossível encontrar todos os nutrientes em um único alimento ou em uma única refeição”.
Ser criativo
Uma das formas de se manter animado com um programa alimentar é explorar todos os temperos, ervas, especiarias e sabores que podem ser colocados na dieta. “Somos seres humanos, somos movidos pelas novidades”, filosofa Círico. Neste caso, o nutricionista da Growth dá até a receita:
Cebolinha, salsinha, alho, cebola, cominho, manjericão, orégano, páprica, noz moscada e açafrão são elementos que podem salvar uma dieta evitando que haja o saturamento do gosto. Além disso, eles trazem muitos benefícios tanto à saúde quanto ao desempenho e evolução muscular do corpo. Círico elaborou recentemente um e-book completo com informações sobre temperos naturais, assim como suas aplicações e informações nutricionais. Acesse clicando aqui.
A “refeição do lixo” é permitida a cada sete dias
Quando se fala de uma dieta restritiva, cujo objetivo é reduzir gorduras, o “dia do lixo”, nome popular dado ao refeed, um período em que o programa alimentar permite comer uma amplitude maior de alimentos, serve também para regular o metabolismo, mantendo-o estimulado. Além, é claro, de manter o indivíduo animado.
Da Redação
Com Portal Correio