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Para o senador Maranhão o ex-presidente Lula teve a grandeza de tirar o projeto do papel

“A Paraíba foi preparada para receber a transposição e democratizará o uso dessa água especialmente voltada para o abastecimento da população”.
Foi o que afirmou o senador José Maranhão, entusiasmado com a chegada das águas do São Francisco ao Estado. Ele lembra que o Plano das Águas, elaborado e executado durante seu governo, garantiu a infraestrutura que permitirá que as águas cheguem até as cidades.
O senador José Maranhão (PMDB/PB) embarca nesta sexta-feira para a Paraíba, junto com a comitiva presidencial de Michel Temer para inauguração do Eixo Leste da Transposição do São Francisco. A obra, aguardada há décadas pelos paraibanos, marca a possibilidade concreta de melhoria da qualidade de vida para a população do estado, que amargou, nos últimos anos, a pior seca da história.
José Maranhão destaca que a Transposição do São Francisco é a obra mais importante da Paraíba do século XXI, mas também do final do século passado, quando foram elevados os esforços para a execução deste que até então era um mero sonho nordestino.
“Preparei a Paraíba para a Transposição. Eu entendi que nós tínhamos que ter uma política de recursos hídricos, baseada no princípio da distribuição das águas nos centros populosos do Estado. Elaboramos e executamos o Plano das Águas. Construímos 1 mil 280 quilômetros de adutoras para levar água às residências dos cidadãos. E hoje com essa seca que já dura cinco anos, fico pensando – e se não existisse esse projeto que nós implementamos no nosso governo? A Paraíba inteira estaria dependendo do carro-pipa, com todas as desvantagens à saúde pública, à qualidade de vida das pessoas”, ressaltou o senador, ao lembrar que até o período em que governou o Estado, não existia uma política de recursos hídricos adequada. “Havia no máximo algumas barragens estratégicas, que armazenavam um volume apreciável de água. Um exemplo disso é o Açude Curema-Mãe D´água, o Boqueirão e mais quarenta açudes no interior da Paraíba. Só que a água estava no açude, mas não chegava à casa da população, não chegava sequer às cidades”, disse Maranhão, ao explicar que “se você tem a transposição, mas não tem um sistema eficiente de distribuição das águas da transposição, elas vão morrer no Açude”.

Para o senador, o ex-presidente Lula teve a grandeza de tirar o projeto do papel, mas a transposição foi mantida em ritmo lento durante o governo Dilma, quando muitos chegaram a duvidar da conclusão. “Devemos reconhecer o empenho do governo de Michel Temer em acelerar os trabalhos desta importante obra para o Nordeste brasileiro. A bancada da Paraíba no Congresso trabalhou incansavelmente nos últimos meses, vigilante junto ao governo Temer, e com audiências constantes no Ministério da Integração Nacional, para que o cronograma fosse cumprido”, afirmou.
José Maranhão lembra ainda que seu primeiro discurso como deputado federal, depois dos anos de cassação do mandato pelo regime militar, foi em defensa do projeto de Transposição. “E quando assumi o governo da Paraíba, eu levei para o meu governo essas práticas, tanto que dentro do próprio Estado fiz uma transposição com canal aberto, que é o projeto Várzea de Souza, que o sertanejo apelidou de Canal da Redenção porque ele tem o sentido exato do que significa a transposição nas várzeas de Souza”, rememora. Segundo José Maranhão, Várzea de Souza foi o primeiro projeto de transposição executado na Paraíba. “São 37 quilômetros de transposição, usando as águas do Sistema Curema-Mãe D´Água para irrigar as várzeas férteis. Esse projeto vai ter agora um suprimento para garantir a regularidade na prática da irrigação e do abastecimento d´água”, afirmou, salientando que tudo foi feito dentro da visão de integração com o projeto da Transposição do São Francisco.
O senador recorda ainda que cidades como Patos, a terceira maior da Paraíba, passava por um sofrimento muito grande, porque os reservatórios que atendiam à população, com a seca, esvaziavam completamente. Segundo ele, Patos recebeu e recebe hoje as águas do sistema Curema-Mãe D´água, e a adutora que leva água à região de Espinharas e à região do Vale do Sabugi. “Fizemos a adutora do Cariri, que vai desde Boqueirão até Pedra Lavrada, quem diria, uma pequena cidade do interior da Paraíba, agora vai se beneficiar com a transposição do Rio São Francisco, porque a água vai cair no Açude Boqueirão, utilizando as adutoras que nós fizemos e vai ser bombeada até Campina Grande, e em cima do Planalto da Borborema”, alegra-se José Maranhão.
O senador cita também o Sistema Araçagi, que vai contar com as águas do São Francisco, que chegarão através do Açude Boqueirão e por meio da adutora projetada em seu governo e que está sendo construída agora pelo governo atual. “Fizemos, além disso, a Adutora de Capivara, que pega uma vasta área do Sertão da Paraíba, na região de integração do Brejo. Fizemos a Adutora do Litoral, que atende a todo o litoral da Paraíba, a Adutora do Congo, e mais 23 novas barragens, inclusive a Acauã. A água que cai na calha do Rio Paraíba vai possibilitar o suprimento para esses grandes reservatórios e depois vai chegar até o vale do Mamanguape”, ressalta José Maranhão.
Futuro
Dentro das novas perspectivas que se abrem com a chegada de água à Paraíba, José Maranhão destaca que está previsto como segunda atividade no projeto de Transposição a irrigação e a prática de uma agricultura moderna e compatível com os níveis de civilização e sociais do momento. Outra meta importante é a finalização do Eixo Norte. “Hoje a bancada da Paraíba está reivindicando uma modificação do projeto original no Eixo Norte, que é o que atenderá o Sertão da Paraíba, para que as águas possam cair na calha do Rio Piancó e desaguar no Açude Curema-Mãe D`Água, dando um potencial extraordinário ao açude, inclusive ao Rio Grande do Norte, que é um dos grandes beneficiários do armazenamento de água nesse açude”, concluiu.

Da Redação
Com Assessoria
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