O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu ignorar a decisão do presidente em exercício da Câmara, o deputado Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a sessão que autorizou a continuação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Em sessão plenária no Senado na tarde desta segunda-feira (9), Renan considerou a medida de Maranhão "ilegal" e "intempestiva".
A informação é do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que afirmou, ao deixar a residência oficial do Senado, que Renan promoverá, às 16h, a leitura em plenário do parecer do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), favorável à admissibilidade do impedimento da presidente da República.
"A tendência da decisão dele é nesse sentido. Ouve um apelo dos senadores do PT e do PCdoB, mas o presidente reafirmou estar convencido de que a decisão de Waldir Maranhão foi ilegal e intempestiva", declarou o parlamentar. Rodrigues disse ainda que, durante a reunião de líderes, alguns senadores sugeriram que o presidente do Senado aguardasse um posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF). "Entretanto, ele acha que não devemos judicializar ainda mais essa questão. Está na hora de ação política e de tomar uma decisão", acrescentou o senador do Amapá.
Antes de anunciar sua decisão aos líderes, Renan se reuniu, na residência oficial com lideranças do PT, do PCdoB e da oposição para discutir a decisão do presidente da Câmara.
A leitura do parecer no plenário da da Casa está confimada para as 16h desta segunda-feira (9) e abrirá prazo de 48 horas para a sessão de votação do relatório. Se ele for aprovado, a presidente será imeadiatamente afastada do cargo.
Fonte:Wscom