A presidente Dilma Rousseff chegou, às 15h11, no Palácio do Planalto, depois de ter passado a manhã em sua residência oficial, onde teve uma reunião com o assessor especial da Presidência, Giles Azevedo, que inicialmente estava marcada para o Planalto. Para chegar, a esplanada dos ministérios, que está interditada, foi liberada para o comboio da presidente.
No momento da chegada, fotógrafos tentaram correr para fazer imagens na garagem e depois foram barrados pelos seguranças da presidência que, inclusive, anotaram a identificação dos fotógrafos para eventual punição.
No Alvorada, Dilma recebeu uma equipe da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e gravou um vídeo para comentar o seu iminente afastamento hoje pelo Senado. Na mensagem, Dilma voltará a dizer que é vítima de “golpe”. Ainda está sendo estudado se Dilma fará pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV ou uma declaração à imprensa. A princípio, os vídeos serão veiculados nas redes sociais.
Limpeza. Dilma já retirou tudo que lhe pertence do gabinete presidencial. Até mesmo as fotos da filha e dos dois netos já foram levados para o Palácio da Alvorada, assim como os livros dela. Apesar da agenda frenética, funcionários do Planalto dizem que o que mais está trabalhando mesmo, neste final de governo, são os trituradores de papel e os scanners de documentos. O clima no governo é de tensão total e de absoluto desespero por parte de inúmeros funcionários que terão de deixar os seus cargos de DAS e, a grande maioria, não tem “órgão de origem” e, portanto, ficariam desempregados a partir de sexta-feira. Só no Planalto, eles são mais de mil. Muitos não pretendem pedir demissão e ficarão aguardando até que a equipe de Temer os demitam.
Não há definição ainda sobre o que a presidente Dilma terá direito durante seu afastamento. Caberá ao presidente do Senado, Renan Calheiros, decidir. Mas pelo menos 30 pessoas de seu gabinete já foram mobilizados para se transferir para o Alvorada. Ela continuará contando ainda com todo o esquema de funcionamento do palácio onde reside, que será transformado em uma espécie de QG da resistência. A princípio, a presidente Dilma também poderá continuar usando um jato da Força Aérea, só que não o Airbus, que servirá a Michel Temer.
Da Redação
Com Polêmica Paraíba