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PMDB da PB fala de “exaustão” com o governo e diz que "ouve as ruas"; vídeo

30/03/2016.

Parlamentares evidenciaram que a decisão de deixar a base aliada do governo foi amadurecida desde o ano passado, mas, segundo eles, ainda é cedo para saber se decisão influenciará no impeachment.
Após a oficialização da saída do PMDB da base aliada do governo Dilma Rousseff, na tarde desta terça-feira (29), parlamentares paraibanos da legenda comentaram o fato. O deputado Manoel Júnior e os senadores Raimundo Lira e José Maranhão concederam entrevista ao correspondente do Sistema Correio de Comunicação em Brasília, Edinho Magalhães, para o Portal e a RCTV. Confira o vídeo abaixo.



“A decisão já era esperada. Chegamos a um momento de exaustão. Não havia mais condições de nos manter neste governo da forma como estávamos. Nós entendemos que era melhor para o país e melhor para o governo o PMDB se abster da participação em cargos”, disse Manoel Júnior. O presidente do partido em João Pessoa disse ainda que o governo está desgastado e a crise política em que ele se meteu foi criada por ele mesmo. “A crise econômica, mora, ética e de confiança é combustível para o processo de impeachment”, concluiu.

José Maranhão, presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, afirmou que “basicamente o PMDB está ouvindo as vozes da rua”. Segundo ele, a isso é acrescido o fato de que o partido tem profundas divergências de natureza política e programática com o governo Dilma.

O senador apontou que “a saída do PMDB da base governista vai provocar uma aceleração do processo de impeachment”. No entanto, ele acrescentou que as lideranças do PMDB não estão lutando para tomar o poder que está nas mãos do PT, pensando-se em um eventual governo de Michel Temer. O senador deixou evidente que ainda é cedo para esse tipo de especulação, pois o processo de impeachment ainda tramita na Câmara dos Deputados e não se sabe como será recebido no Senado. Maranhão disse que Temer sempre rechaçou a ideia de oportunismo com a situação. “Todos temos ciência de que essa é uma tarefa muito difícil”, comentou, referindo-se ao cargo de presidente da República.

Raimundo Lira, vice-presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, revelou que “essa decisão foi amadurecida desde o ano passado, quando o vice-presidente comunicou à presidente da República que não estava se sentindo prestigiado”. Lira também disse que ainda é cedo para avaliar se a saída do PMDB da base aliada do governo influenciará no processo de impeachment.

O senador opinou sobre a possível ida de Temer para a presidência e disse que isso seria bom pelo aumento da confiança dos investidores, o que poderia impedir o crescimento do desemprego.

Carta do PMDB da Paraíba sobre entrega de cargos

Os deputados federais Veneziano Vital do Rêgo, Manoel Júnior e Hugo Motta divulgaram, ainda durante a tarde, uma carta em que informam sobre o rompimento com o governo. Os três parlamentares confirmaram que estão entregando os cargos que possuem na gestão da presidente Dilma. São estes: Superintendência da Funasa, Superintendência da Agricultura, Superintendência da Pesca e Aquicultura, e Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 

Confira o vídeo com as entrevistas:

Da Redação
Com Portal Correio
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