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Paraibana que ligou zika a microcefalia diz que Brasil está perdendo tempo

As sextas-feiras viraram os "piores dias da vida" da obstetra Adriana Melo. É quando ela recebe as grávidas que tiveram zika para as ultrassonografias que indicam se os fetos têm ou não algum sinal de alteração neurológica, em um hospital conveniado ao SUS em Campina Grande, na Paraíba.

Na maior parte das vezes, pode mandar as mulheres de volta para casa aliviadas, com o sossego de que está tudo bem.

Até que surja em seu monitor sinal das alterações que viu pela primeira vez em setembro do ano passado, e precise dar a notícia mais temida pelas grávidas enviadas à Clínica-Escola da Faculdade de Ciências Médicas – de que o bebê tem sinal de má formação neurológica.

"Não é fácil. A sensação é de que estou puxando o tapete de alguém", conta ela, que depois de dar a notícia se recolhe no quarto escuro de ultrassom para respirar fundo antes de receber as próximas pacientes.

Dra. Adriana, como todos a conhecem em Campina Grande, ganhou notoriedade depois de se tornar a primeira médica a identificar, em novembro, o vírus Zika no líquido amniótico de duas grávidas cujos fetos tinham microcefalia.

Ao longo dos últimos meses, a certeza de que a zika está por trás do surto de bebês que vêm nascendo com alterações neurológicas só aumentou – e a postura de alguns pesquisadores que colocam em dúvida esta relação, ou consideram excessivo o alarme gerado pelo governo, a tiram do sério.

"Eu sou médica baseada em evidências. Tem 17 anos que trabalho só com feto. Vejo 30 cérebros de crianças por dia. O que digo (a quem duvida) é – venham aqui. Passem um dia comigo olhando cérebros. E vocês vão ver que tem algo muito diferente acontecendo", afirma. "Eu tenho a visão de pesquisadora. Mas não podia ignorar a experiência deste momento."

Da Redação
Com PB Agora
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