Aliado do governador Ricardo Coutinho (PSB) e descontente com o que ele chamou de descumprimento do rodízio no diretório do PMDB, em João Pessoa, o deputado estadual Gervásio Filho (PMDB),admitiu pela primeira vez, que pode deixar o PMDB, sigla pela qual, até hoje, foi sua única morada política.
Gervasinho será presidente da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa no próximo biênio e sua saída do PMDB poderia minimizar a sigla na Casa.
O plano pode ser concretizado até o dia 2 de abril e para isso tem conversado com muitos amigos e políticos para tomar a melhor decisão.
“Não vou adiantar nada, porque estaria me precipitando. Mas já aviso que estou sim conversando sobre o meu futuro partidário. Política não se faz de forma isolada. Tenho uma série de pessoas que me acompanham há muito tempo, e é preciso que elas participem dessas decisões”, explicou.
Indagado sobre a aliança do PMDB com o PSB, o parlamentar lembrou as conquistas da sua sigla no Governo socialista, como a articulação do deputado Trócolli Júnior (PMDB) que está secretário de governo e Olenka Maranhão (PMDB) entrou na Assembleia como suplente na licença do colega.
Para o deputado, a política é questão de mão dupla e se aplica aos dois partidos. Ele também cobrou coerência do PMDB dizendo que, se não vai apoiar a candidatura de João Azevedo (PSB) para a prefeitura da Capital, deveria entregar os cargos ao Governo.
“Política se faz considerando a pista de mão dupla. Jogar dos dois lados do time não vou jogar. Porque a aliança com o governo para mim foi para valer”.
Indagado sobre suas discussões partidárias com o presidente estadual do PMDB, José Maranhão, o deputado disse que não conversa mais com o senador.
“Não tenho nem falado com José Maranhão. Falar o quê? O que é que vou tratar com José Maranhão depois de tudo que aconteceu. Depois de ter sido vetado publicamente como se eu tivesse faltado com o partido alguma vez”, afirmou.
Fonte:PB Agora
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XEQUE: Gervasinho admite que pode deixar o PMDB e cobra coerência do partido com o PSB