Os partidos, candidatos e marqueteiros só têm um assunto quando falam da campanha deste ano: como fazê-la com a nova lei, que proíbe a doação de empresas (só vale a de pessoas físicas)?
Ninguém tem uma resposta. Estão todos os envolvidos num estado que beira o desespero. Diz um marqueteiro experiente, guardado obviamente pelo anonimato: “quem chega para conversar comigo, vem no modelo antigo”.
Em bom português, os candidatos e partidos continuam imaginando uma campanha com caixa dois, embora não saibam exatamente como esconder a grana numa campanha que será obrigatoriamente mais barata que as últimas. E também mais facilmente vigiada: o candidato que declarar despesas baixas e botar na rua, por exemplo, 50 carros de som terá problemas para explicar.
Um presidente de partido prevê que, por isso, aumentará a campanha subterrânea, na internet, mais difícil de ser identificada. Certo mesmo é que os marqueteiros terão que se adaptar, fazendo campanhas de TV mais em conta.
Mas ainda assim, fica a pergunta: as pessoas físicas vão doar o suficiente para bancar uma campanha? A sete meses da eleição, nenhum partido tem essa resposta.
Fonte:Polêmica PB