O ex-deputado Carlos Sousa, uma semana após ter tido o nome homologado pelo diretório municipal de Bayeux como pré-candidato do PMDB a prefeito daquela cidade, decidiu abandonar o partido alegando insatisfação junto ao comando estadual da legenda que decidiu não homologar a indicação de seu nome e pedir mais tempo para definir qual representante do partido irá disputar a Prefeitura pela legenda.
Carlos Sousa, irmão do ex-prefeito Jota Júnior, lamentou a falta de autonomia do PMDB de Bayeux, que não está sendo ouvido e tem tido decisões descartadas pelo presidente estadual, José Maranhão.
Recentemente, outro nome forte que concorreria a prefeito pelo partido, Doutor Francisco Macedo, ao ver a falta de espaço e apoio da direção estadual, abandonou o PMDB para ingressar no PSDB. No entanto, o grupo peemedebista de Bayeux convocou Carlos Sousa para a missão de ser o nome do partido para chapa majoritária, mas, viu a decisão ser barrada mais uma vez pelo senador José Maranhão, atual presidente estadual da sigla.
“Infelizmente o grupo forte do PMDB de Bayeux sempre esbarra na força do senador Maranhão que não deixa os diretórios, que conhecem a realidade municipal, terem autonomia para escolher de acordo com a maioria. Lamentavelmente o desejo de um, vale mais que a decisão de muitos. Por isso, deixo o PMDB e vou analisar os convites de outros partidos para seguir como pré-candidato a prefeito da nossa querida cidade de Bayeux”, disse Carlos.
Na manhã desta terça-feira (23), Carlos Sousa emitiu a seguinte nota:
“Diante dos últimos episódios vivenciados pelos que fazem o PMDB de Bayeux e com o máximo respeito aos que compõem esse grande partido. Entendo que devo me posicionar de forma tranquila e equilibrada como sempre me portei, mas também pondo um fim a uma expectativa criada por todos que torcem e planejam um futuro vitorioso. Afinal tudo tem um prazo, e o meu prazo venceu.
Pertenço a uma família que há 11 anos engrandece e eleva o nome do PMDB aos mais altos patamares dessa cidade. Quando por duas eleições o partido alcançou as maiores votações populares de toda a sua história sob o comando do prefeito Jota Junior. E foi com esse sentimento de somar e nunca de dividir, que me ofereci para ser um soldado junto com os demais membros e assim contribuir para fazerem o partido cada vez maior.
Encontrei um grupo de guerreiros ansiosos, mas com o firme propósito da luta. Com o passar dos dias procurei manter o discurso de que somente a união poderia garantir a nossa força. E por essa unidade interna, briguei até o fim.
Porém, a locomotiva precisa dos trilhos….
E por mais forte que o partido hoje se apresente internamente, com seus membros unidos e desejando ir as ruas levar nossas propostas para que o eleitor decida no momento oportuno, os trilhos me parecem apontar para outras rotas.
Sou um soldado disciplinado, mas sou um soldado de um bom combate. E não devo ficar quieto diante de uma realidade que é contrária a maioria. Se o partido em seu diretório municipal toma uma decisão com a aprovação dos seus membros e essa decisão não é confirmada na instancia estadual, só me cabe respeitosamente pedir licença e buscar ocupar outros espaços mais democráticos e menos ditatorial.
A todos que junto comigo foram guerreiros diários na construção desse projeto, o meu muito obrigado. Mas ainda acredito numa política em que a decisão da maioria deve ser sempre ouvida e respeitada.
Por fim, agradecer ao diretório municipal do PMDB e a todos os demais membros do partido pela acolhida e confiança em nosso nome. Sem dúvida é um grande partido e tem muita gente de bem. E considero um grande equívoco essas pessoas não serem ouvidas e respeitadas em suas decisões.
Vou juntamente com meu irmão, avaliar os novos passos a serem dados e me posicionarei. Desta feita sem amarras e sobre tudo de forma democrática.
Da Redação
Com Portal do Litoral