Governador critica falta de comunicação da presidente Dilma Rousseff com população, sobretudo no que diz respeito às mudanças de planos da gestão
O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), fez um apelo para que a Câmara Federal aprove a CPMF para financiamento exclusivo da saúde pública no País, que está um caos. O apelo do governador vai especificamente para a bancada federal da Paraíba.
Ricardo sugere que a nova CPMF tenha uma alíquota de isenção para quem ganha até três salários mínimos e que destinem diretamente para os Estados e municípios a parte de cada um, sem passar pelo Governo Federal. Em entrevista ao Jornal Correio da Paraíba, o governador fez um balanço de 2015 e uma projeção para 2016.
Numa alusão ao ano de 1968 - quando foi criado o AI-5 e o regime militar endureceu ainda mais a repressão contra os adversários -, Ricardo disse que 2015 foi o ano que não terminou. Ele criticou o PSDB pela defesa da tese do “quanto pior, melhor” e defendeu a presidente Dilma Rousseff dos ataques tucanos. Disse que a presidente errou quando reteve, em 2014, o aumento da energia e dos combustíveis, deixando tudo para 2015. “Foi avassalador para a economia brasileira”.
O governador disse que, se estivesse no lugar da presidente, teria se comunicado diretamente com a população. “Eu teria dito: erramos aqui e precisamos ir por ali. Peço a compreensão de todos vocês”, frisou Ricardo, para quem a oposição a Dilma não teve coragem de aparecer nas ruas. Para Ricardo, a oposição liderada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), derrotado nas urnas em 2014, não tem legitimidade.
O governador diisse ainda que, como militante do PSB, vai calçar um tênis e percorrer a Paraíba em campanha a favor dos aliados, em 2016, sem envolver a máquina administrativa do Estado.
Da Redação
do Parlamento PB