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RÉVEILLON MUNDIAL: Queima de fogos de 16 minutos abriu o ano olímpico do Rio


Centenário do samba também foi lembrado no show pirotécnico, que durou 16 minutos. Mais de 2 milhões de pessoas estiveram presentes, segundo secretário de Turismo
DIEGO VALDEVINO
Rio – Foram 16 minutos de muita emoção para quem estava presente nas areias de Copacabana. A queima de fogos, que tinha como tema “Rio Cidade Olímpica” e também homenageiou o centenário do samba, encantou moradores do Rio e turistas. A trilha sonora tinha o carimbo de Beto Villares e Antonio Pinto, também responsáveis pelas cerimônias olímpicas do ano que inicia. Músicas no ritmos de samba e funk colocaram mais animação no espetáculo.
Desenhos de borboletas, smiles, aros de saturno e cardume de peixes ajudaram a dar mais brilho ao show pirotécnico, que foi fechado com o estouro de dois mil fogos que simulou rufar de tambores e provocou um clarão branco, trazendo uma mensagem de paz. Onze balsas com 34 toneladas de fogos de artifício foram o combustível para o show pirotécnico no céu de Copacabana.
“É a primeira vez que venho, estou impressionada. Os fogos são coisas de outro mundo. É o Réveillon mais lindo do planeta”, disse, emocionada, a mexicana Esue Murieda, de 22 anos, que estava acompanhada de outras seis mexicanas e uma argentina. “Em 2016 desejo muitas viajens, que as pessoas sejam menos egoístas e busco um namorado e, quem sabe, um casamento”, revelou.
A estimativa era que cerca de 2 milhões de pessoas lotassem a orla do bairro para assistir a queima de fogos, número que, segundo o secretário municipal de Turismo, Antonio Figueira de Mello, foi ultrapassado. “Com certeza deu mais de 2 milhões”, disse ele, revelando que 857 mil turistas estão na cidade.
“Mais um Réveillon grandioso em Copacabana, que mostrou que é uma cidade olímpica. Fiquei impressionado com a reação do público”, contou. Segundo Mello, o Rio inaugurou uma nova fase na festa da virada. “Inauguramos uma nova fase no Réveillon de Copacabana, colocando grandes números teatrais, como o Sambra.”
Apesar do momento de díficil para o Rio, ele se apoia no turismo para 2016 ser melhor. “Foi um ano difícil, para o turismo nem tanto, porque é uma grande indústria. O turismo é uma escapatória para as crises. Portugal, por exemplo, usou o turismo como uma alavanca para superar a crise” comparou.
Já no clima olímpico, José Geraldo da Silva, de 55 anos, morador de Jacarepaguá, estava fantasiado em homenagem às Olimpíadas. “Vim fantasiado para que o Rio 2016 seja repleto de medalhas de ouro não só nos esportes, mas também na saúde e na educação, porque do jeito que está fica difícil”, pediu, com sua tocha olímpica na mão.
No palco principal, em frente ao Copacabana Palace, a celebração após a queima de fogos ficou por conta de Zeca Pagodinho e a bateria da Beija-Flor fecha a festa. No palco Santa Clara, quem animou foi o cantor Dudu Nobre e as baterias do Salgueiro e da Grande Rio.
Os usuários de ônibus que deixam Copacabana deverão se dirigir às áreas de embarque que serão na Enseada de Botafogo e na Rua Prudente de Morais, em Ipanema, ou utilizar o metrô quem adquiriu o bilhete especial.
A partir das 5h desta sexta-feira, primeiro dia do ano de 2016, os acessos à Copacabana serão liberados para todos os veículos, permanecendo a interdição da Avenida Atlântica, em ambas as pistas.
O esquema especial de trânsito para o réveillon já foi iniciado na cidade. A operação de ordenamento conta com a participação de 985 agentes da prefeitura, entre guardas municipais e controladores da CET-Rio, que trabalham para manter a fluidez, coibir o estacionamento irregular, ordenar os cruzamentos, orientar pedestres e efetuar os bloqueios necessários.
Apesar do policiamento ostensivo na orla da Praia de Copacabana, muitas pessoas estão se sentindo inseguras com a falta de PMs circulando por entre as areias. É o caso do garçom Warley Samuel, de 19 anos, que veio de Minas Gerais e está há uma semana no Rio para passar o Ano Novo na cidade pela primeira vez.  Ele se assustou com o pouco de policiamento na areia.
“Estou há duas horas na praia e não vi um PM na areia. Não adianta ficar só no calçadão. Não querendo ser preconceituoso, mas há muitos jovens, que aparentam ser pivetes, andando em grupo na beira d’água. Preferimos ficar longe da água por conta disso. Deu uma sensação de insegurança”.


Fonte:Polêmica PB 
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