Números e as projeções para 2016 provam que a economia continuará enfrentando grandes dificuldades e a políticos paraibanos também apostam que o país permanecerá na crise.
Os números e as projeções para 2016 provam que a economia continuará enfrentando grandes dificuldades, assim como em 2015. A inflação, segundo projeção de instituições financeiras, deve chegar a 6,86%, conforme foi divulgado pelo Banco Central. A previsão para a taxa básica de juros (Selic) é que chegue ao fim de 2016 em 15,25% e projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) deve ficar em 2,81%. A expectativa dos políticos da Paraíba também é negativa e em ano eleitoral, eles acreditam que o país permanecerá na crise.
Para o senador Cássio Cunha Lima, líder do PSDB no Senado, e voz ativa da oposição ao governo federal e estadual, a perspectiva é de dificuldade para o Brasil, que enfrenta a pior recessão experimentada pela economia brasileira em 25 anos. Segundo ele, é necessário ações e projetos contundentes para mudar o quadro instalado no país e equilibrar as contas públicas.
“Será preciso muita capacidade de trabalho, de ação e sobretudo reagir contra qualquer tentativa de aprofundamento das dificuldades que o país vem enfrentando. A crise em todas as suas dimensões tem atingido a população mais pobre a classe média e todos, infelizmente, em 2015 viram suas vidas piorarem. É momento de lutar pelo Brasil, sem acomodação, com firmeza e coragem”, declarou.
O deputado federal Manoel Júnior (PMDB), pré-candidato a prefeito de João Pessoa, também acredita que o país e a Paraíba continuarão enfrentando dificuldades nas finanças. Porém, ele ressalta, que o ajuste fiscal, que aprovou projetos que autorizaram, por exemplo, o aumento das alíquotas incidentes sobre a receita bruta das empresas de 56 setores da economia com desoneração da folha de pagamentos, devem gerar receita para União, Estados e Municípios.
“Nós esperamos que em 2016 as ações que foram feitas do ajuste fiscal e outras ações, como o programa de repatriação possam gerar receita não só para União, mas para os Estados e Municípios”, registrou.
Apesar de ver problemas a serem vencidos, ele aposta que no início do segundo semestre o país voltará a entrar nos eixos. “Vai ser um ano de muita dificuldade logo no primeiro semestre, mas vamos tentar fechar o ano de 2016 com um balanço positivo, não só na área econômica, mas acredito também que na área política, ultrapassando todas essas questões que envolvem a política nacional. Acredito também que a crise maior, que é a crise de confiança, também será atenuada com os resultados serão produzidos no campo político e no campo econômico”, opinou.
O senador José Maranhão (PMDB), também falou sobre a crise financeira e ressalta que seus efeitos foram sentidos na Paraíba. Na política, ele atestou que não houveram “grandes sobressaltos” e que o cenário no estado permaneceu “dentro dos resultados traçados nas eleições de 2014”. “Não houve excepcionalidades. Não há o que se comentar”, disse.
Em 2016, ele lembrou, que o Congresso apreciará matérias importantes, como a que pede a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), e, por isso, espera que deputados e senador usem da sabedoria e do equilíbrio na hora de votar. “Para 2016 nós vamos ter muitas decisões importantes tanto na Câmara, quanto no Senado. Espero que o Senado saiba com cumprir o seu papel com equilíbrio e sabedoria”, pediu.
Para o deputado federal Efraim Filho, o próximo ano será “desafiador para a política e para economia que andarão coligados”. Ele, entende que com o desequilíbrio nas contas públicas interferem na vida dos brasileiros, que devem sentir o aumento tributário e burocrático. Ainda segundo o parlamentar, o governo da presidente Dilma não investe em ações para mudar a crise e erra na gestão do país.
“Os efeitos da economia terão impactos fortes na política. O desemprego infelizmente bate à porta de empresas e de famílias. O governo Dilma não apresenta agenda para enfrentar a crise, pensa apenas em aumentar impostos. Seria hora de enfrentar o nosso sistema tributário irracional, o excesso de burocracia, a insegurança jurídica e estimular o empreendedorismo como alternativa. Mas nada disso entrou na pauta da presidente. Assim não vejo capacidade da presidente Dilma para liderar o Brasil para fora da crise”, disse.
Já o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), que disputa reeleição próximo ano, tem uma perspectiva positiva na economia, pelo menos para João Pessoa. Segundo ele, crise “se enfrenta com trabalho e atitude” e a Capital conseguiu passar por ela em 2015 e também saíra vitoriosa em 2016.
“Nós vencemos a crise e planejamos um novo cenário de 2016. Vamos entregar grandes obras na cidade. Será a concretização. Vamos entregar a Lago, e o Hotel Globo. Vamos entregar os grandes conjuntos habitacionais, com mais de três mil moradias. Vamos continuar entregando obras e os investimentos importantes e enfrentando a crise. Todo cenário que está posto é de dificuldade, mas continuaremos enfrentando”, prometeu.
O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), que também irá concorrer às eleições nas próximas eleições municipais, garante, que mesmo diante do cenário de crise que deve ser agravado no próximo ano, ele e sua equipe manterá os investimentos e ações para melhoria e avanços na cidade. Ele aposta no trabalho, nas parceiras e no diálogo com o governo federal para superar as projeções pessimistas dos economistas para o Brasil.
Da Redação
Com Portal Correio