Pelo menos quatro deputados da bancada governista na Assembleia Legislativa da Paraíba se reuniram nesta terça-feira (07), em horário e local reservado, para traçar estratégias que visam emparedar o ex-presidente da Casa, Ricardo Marcelo (PEN), no retorno aos trabalhos legislativos, logo após o recesso parlamentar.
O objetivo é cercar Ricardo Marcelo com uma sabatina “capciosa” para desvendar alguns questionamentos que ficaram sem respostas referentes à gestão do parlamentar à época em que ele comandou o legislativo paraibano.
As perguntas direcionadas a Ricardo Marcelo deverão ser feitas na tribuna da Casa. Segundo um dos parlamentares, que pediu anonimato, um dos primeiros questionamentos a serem feitos é sobre a contratação da urna eletrônica que seria utilizada para a votação da eleição da Mesa, a qual Marcelo saiu derrotado.
“Temos perguntas surpresas para ele, além da questão da urna eletrônica, que foi um fato lamentável às vésperas da eleição, temos também questionamentos relacionados à contratação de uma fundação, entre outras que merecem resposta” disse o deputado.
À época em que comandou o legislativo Marcelo tratou os deputados ligados à bancada governista como “personas no gratas”, praticamente a pão e água, não proporcionando recursos nem estrutura de gabinete razoáveis.
Agora, os governistas trabalham para literalmente dar o troco no parlamentar. Ele retorna à Casa após um período longo de licença parlamentar em um dos piores gabinetes da sede e com uma estrutura bastante deficiente.
Além das animosidades políticas, o deputado também terá que encarar a nova realidade do PEN, que aderiu à bancada governista recentemente. Ele terá que decidir se permanece na legenda como dissidente ou se desembarcará em um partido de oposição.
Com o retorno de Ricardo Marcelo quem deve deixar a Assembleia é o deputado Antônio Mineral (PSDB), primeiro suplente da Coligação. Antes, quem deverá deixar a Casa é o deputado Jullys Roberto (PEN), que é segundo suplente, e deve abrir espaço para o retorno do médico José Aldemir, também licenciado da Casa.
Fonte:PB Agora