Greve no HU deixa 10 mil sem atendimento
Mais de 10 mil pessoas deixaram de ser atendidas nestes 30 dias de greve no Hospital Universitário de João Pessoa. A paralisação dos servidores técnicos administrativos deixam de realizar consultas, exames e agendamentos para cirurgias eletivas. A direção da unidade garantiu que os serviços já marcados, antes da suspensão das atividades no HULW, continuam sendo prestados à população.
O superintendente do HULW, Arnaldo Medeiros, disse que somente as novas marcações de consultas ficaram suspensas, mantendo o atendimento normal de quem já as tinham agendado, mas que devido à cultura de greve, percebeu-se que com o passar das semanas houve uma gradativa diminuição de procura pelos serviços, bem como casos pontuais de falta de profissionais. “Se os médicos são docentes, alguns deles fizeram greve e não estão vindo. Com o passar do tempo, observamos que o movimento vai aumentando o absenteísmo, tanto do paciente, quanto dos profissionais, pontualmente e não sistemático”, afirmou.
Segundo ele, cerca de 500 consultas e exames são realizados por dia. Considerando a normalidade dos serviços durante cinco dias por semana, ao final do mês, o número chega a uma média de 10 mil atendimentos. Já as cirurgias, que são eletivas, somam uma média de 30 procedimentos diários, que conforme Arnaldo Medeiros, não foi comprometido com a greve. “O nosso bloco cirúrgico está funcionando normalmente. Como são cirurgias eletivas, são marcadas com meses de antecedência e não seria justo com o paciente de ter o procedimento cancelado. Somente os novos agendamentos não estão sendo feitos”, garantiu.
Servidores reivindicam reajuste
De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior do Estado da Paraíba (Sintespb), Severino Ramos, a categoria reivindica por reposição salarial de 27,03% do período entre os anos de 2011 e 2015, direito a data base e a negociação coletiva, reposicionamento de aposentados dentro do Plano de Cargos, Carreira e Remunerações (PCCR), isonomia salarial e benefícios de demais categorias do serviço público. Ele disse que somente quando a demanda for atendida pelo governo federal a greve deverá ser encerrada. “No último dia 25 de junho, o governo recebeu o comando de greve, mas não atendeu as reivindicações, por isso rejeitamos a proposta e marcamos uma nova agenda para o próximo dia 7. Se ele apresentar uma proposta séria, que atenda a nossa demanda, estaremos dispostos a entrar em acordo e encerrar a greve”, afirmou.
Da Redação
Com PB Agora