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Padre da Capital pede que redes sociais sejam usadas "só para falar sobre Cristo"


Reflexão foi feita pelo religioso para que os jovens reflitam sobre como vem utilizando as redes sociais e dêm prioridade a postagem de mensagens mais voltadas aos ensinamentos cristãos.
"Os meios de comunicação podem ser usados com duas finalidades, a de fazer o bem e a de fazer o mal; por isso quero que os jovens nesta Semana Santa utilizem as redes sociais para postar mensagens somente sobre os ensinamentos de Cristo". Esta é a recomendação que está sendo feita pelo padre Francisco de Assis, da paróquia que tem o seu nome, localizada no Bairro de Mangabeira, na Zona Sul da Capital.



De acordo com o pároco, essa orientação vem sendo repassada aos fiéis desde o início da quaresma, que corresponde aos quarenta dias que antecedem a Semana Santa. Para o padre, o que alguns podem chamar de sacrifício é somente uma forma de fazer com que os jovens reflitam sobre como estão usando as redes sociais, especialmente o Facebook e o WhatsApp.

"O que a gente tem visto é muita gente usando essas redes sociais para postar fotos indecentes e fazer fofocas maldosas, prejudicando seus semelhantes", reforçou.

A paróquia de padre Francisco fica em Mangabeira VII e abrange uma área com cerca de 18 mil habitantes. Nas quatro missas que realiza durante a semana e seis que faz durante os fins de semana em pelo menos seis áreas, ele disse vem tentando conscientizar para se evitar o mau uso desses meios de comunicação que são tão modernos e que vem transformando os hábitos das novas gerações.

É importante a consciência do uso para o bem e evitar que seu uso deixe os jovens viciados e muitas vezes extasiados, como se estivessem vivendo num mundo virtual e não no mundo real". Padre Francisco lembrou que o objetivo não é fazer com que deixem de usar, mas que usem de forma mais humana, racional e fraterna.

Ele contou que um caso triste ocorrido numa escola que fica na sua paróquia fez com que refletisse sobre a questão do vício e do mal uso das redes sociais. Um menino estava com o Facebook aberto e teria saído para ir ao banheiro, deixando o equipamento aberto. Quando voltou, alguém tinha acessado sua página e postado várias mensagens como se fosse ele, dizendo que era gay.

"As mensagens apareciam como se fosse o menino que foi vítima. Isso é um exemplo claro do mau uso dessas redes sociais e com o intuito de prejudicar o semelhante", revelou.O pároco contou que os pais do menino o procuraram e ele orientou que procurassem denunciar o caso à direção da escola para tentar chegar até o invasor.

Outro alerta do padre Francisco diz respeito à questão do vício. Um episódio que presenciou em sua paróquia foi o encontro de uma família em um restaurante. "Todos estavam sentados e os filhos e a mulher estavam com os celulares ligados nas redes sociais e somente o marido estava com o cardápio nas mãos. Quando ele pergunta o que todos queriam comer ouviu a resposta de que podia ser o que ele quisesse. A mãe e os filhos falavam sem nem mesmo olhar para o homem", contou.

O uso viciado das redes sociais, na opinião do pároco, está afastando as famílias, criando mundos virtuais e distanciando as pessoas de quem está mais próximo delas, "deixando-as fora da realidade e afastando inclusive os sentimentos de afeto que os unem", refletiu.

Da Redação
 Com: Portal Correio
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